terça-feira, 17 de setembro de 2024

OPINIÃO: Sobre Seabra, já estou revendo meus conceitos



Há alguns dias publiquei que a demissão de Seabra era uma situação inócuo. Contudo, após duas semanas podendo preparar o time, recebendo do departamento médico atletas antes fora de combate, vimos um jogo pífio diante dos reservas do São Paulo. Jogo em dia e horários ruins, com ingresso mais caro que o normal para, no final, vermos uma apresentação sem alma, sem esquema, sem vontade.

Não adianta, ao final, Matheus Pereira vir pagar de protetor de treinador não. Tecnicamente o time é bom, mas perdeu o conjunto que, quem dá, é o treinador e sua comissão. O que foi feito nessas duas semanas? Parece até que o ano terminou. Agosto tivemos uma sequência terrível e, agora, novamente vamos tropeçando, perdendo posições importantes na tabela e vendo adversários, com reservas, nos passando e se distanciando.

Nosso ataque, vou te contar, está uma água. Muita gente comemorou a saída do Arthur Gomes, mas era o melhorzinho que tínhamos, inclusive um entrosamento ótimo com Matheus Pereira. A força pelos cantos se perdeu após sua saída. Lautaro, há tempos, já mostra ser jogador de segundo tempo. Isso quando muito. Burocrático, o Cruzeiro precisa se reencontrar. Sem Barreal, o time se engessa. A necessidade de colocar Romero e Walace juntos é, na medida proporcional, o mesmo que Lucas Silva com Ramiro. Não pela técnica em si, mas porque fazem a mesma função e, juntos, não rendem quando jogam se alternando. Se bem que no caso de Lucas Silva e Ramiro, tanto faz como tanto fez.

Por fim, temos que assistir/ouvir comentários fora da linha do treinador no pós-jogo. Parece que não enxerga o mesmo jogo que nós. Vê uma outra realidade. Falta raça, vontade, gana de vencer. Parece que não há ambição no time. A Libertadores é possível. Tecnicamente temos essa possibilidade. Mas de nada adianta o torcedor acreditar, ir ao campo, pagar caro, apoiar, se o técnico e o time inteiro trabalham de forma contrária. A cobrança é normal, lógica e uma consequência do resultado. Sim, futebol é resultado e isso que faz com que o planejamento para a temporada seguinte aconteça. 

O que iremos disputar? Sul-Americana? Libertadores? Que voltemos à maior competição da América do Sul! Eliminamos, esse ano, o atual vice-campeão. Poxa, não é pedir demais que o time volte a jogar bola. Quinta tem o Libertad, no Paraguai. Se jogar o que jogou contra o São Paulo, vai ser muito sofrimento. Cabeça no lugar, coração na ponta da chuteira e vontade. Muita vontade. A única entrega que vemos atualmente é a de pontos que escorrem pelos dedos de uma forma bem traumática. Acorda, Cruzeiro! Acorda, Seabra!

POR: JOÃO VITOR VIANA

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Estamos a 11 mil sócios do paraíso!



A torcida do Cruzeiro é diferenciada! Afinal, comprou mesmo a história de Pedrinho e Alexandre Mattos e, a cada dia, está crescendo o número de sócios.

Nesta quarta-feira (11/9), o número de sócios passou de 89 mil, número histórico e que aproxima da meta de 100 mil, estabelecida como número que vai ajudar, e muito, a termos um time mais forte em 2025. 

Para o próximo ano, o Cruzeiro deverá investir cerca de R$ 200 milhões em contratações, além de liberar atletas em fim de contrato. A economia não apenas vai propiciar um fôlego na folha, como ainda trazer atletas de melhor potencial e mais jovens, que poderão render, ainda, lucro no futuro, o que aconteceu, por exemplo, com Arthur Gomes, negociado com a Rússia por cerca de R$ 36 milhões, podendo chegar a R$ 42 milhões em metas.

Se você ainda não fez o seu sócio, não perca tempo! Sempre que a torcida esteve próxima ao clube, tudo ficou mais forte. É hora de estarmos cada vez mais juntos, confiar no processo, no elenco, na direção e na comissão para chegarmos às metas para o ano que vem.

Queremos estar na Libertadores. Juntos isso fica mais perto!

Seja sócio! Estamos na reconstrução de um gigante!


POR: JOÃO VITOR VIANA

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

OPINIÃO: Como é ruim duas semanas sem Cruzeiro!


Ê Cruzeiro! Que falta você faz! Fim de semana sem jogos, meio de semana, idem. Os aventureiros do futebol, que sabemos quem são, loucos para criar crise ou xingar fulano ou cicrano, estão em pãnico. Os que gostam do clube e compraram a reconstrução, ávidos pelas partidas, gols e mais pontos. Em quinto lugar na tabela, a vontade de ver o Cruzeiro de volta à Libertadores é o que mais nos motiva a querer mais e mais jogos. Contudo, as datas Fifa, desta vez, paralisaram o Brasileiro. Teremos que aguardar mais um tempo. Enquanto isso, ver jogos deploráveis dos queridinhos do Dorival, que em nada representam uma seleção.

Nesse meio tempo, no entanto, há um lado positivo. Jogadores que antes se encontravam machucados, vão poder se recuperar e reforçar o elenco, prejudicado, principalmente, no setor ofensivo, onde duas peças importantes foram perdidas: Dinenno, machucado, e Arthur Gomes, vendido. Verón e Lautaro estão retornando e já deverão estar em campo, contra o São Paulo.

Outro lado importante é o equilíbrio físico entre os atletas, principalmente aqueles que chegaram depois e estão ainda, nitidamente, abaixo dos demais. O Cruzeiro, no segundo tempo, tem mostrado esse déficit físico. 15 dias de treino serão fundamentais para uma guinada final da Raposa.

Enquanto isso os torcedores ficam aguardando, se entretendo com outros jogos, outros esportes, outros times. Digamos que a concentração é um pouco dolorosa, desenvolve na torcida aquela ansiedade mais sentida entre dezembro e janeiro. Mas como tudo tem um lado positivo, vamos nos ater por esse lado.

Que o jogo contra o São Paulo e, depois contra o Libertad, sejam propulsores de um sucesso adormecido por anos, em momento que o Cruzeiro hibernou para, depois, ser uma espécie de fênix.


POR: JOÃO VITOR VIANA

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Saída do Seabra é uma discussão inócua. Entenda!



Vários são o grupos de WhatsApp que ficam debatendo, apontando isso, aquilo sobre o Cruzeiro. Já há algum tempo, a saída do técnico Fernando Seabra é uma das principais discussões. Sinceramente, não faz sentido.

Eu mesmo, por alguns momentos reconheço que o caminho estava ficando bem torto. Passar um mês inteiro sem vencer no Brasileiro é um absurdo, principalmente quando os adversários, em sequência, não eram tudo isso. Ver escolhas ruins, como por Ramiro e Lucas Silva no mesmo time, Zé Ivaldo de lateral e diversas outras bizarrices irritaram. Os resultados, inclusive, não vieram.

Contudo, veio uma classificação na Sul-Americana contra um time tradicionalíssimo, o Boca Jrs., ainda que após um segundo tempo fraco. Contra o Atlético-GO, o Cruzeiro deu muito espaço e só não levou mais gols por ruindade do adversário. No entanto, considerando uma série de fatores, é perciso dar crédito não apenas ao técnico, mas ao time e à direção.

Há várias pessoas questionando Alexandre Mattos, Pedrinho e cia. também. Movida por uma paixão imensa, a torcida, por vezes, é cego. Quer algo perfeito num muito totalmente imperfeito. Uma fase ruim acontece com o melhor e com o pior clube; com o melhor e o pior jogador. Matheus Pereira, que voou boa parte do ano, oscilou junto com o time, principalmente nos últimos jogos. Coincidência? Talvez. Mas sem seu melhor atleta bem, o Cruzeiro também tende a cair de rendimento.

Além disso vieram lesões. Dinenno e Japa só voltam em 2025. Verón e Lautaro devem voltar só no próximo jogo, após um tempo fora. Além disso, Arthur Gomes está de malas prontas para a Rússia e alguns atletas também caíram de rendimento.

Seabra tem que buscar, dentro do elenco, as soluções, o que muitas vezes não tem. O clube não possui, hoje, um lateral reserva. No último jogo, Dorival, da base, foi selecionado. Aliás, eu o teria colocado contra o Internacional. Vi várias partidas dele no sub-20 e tem muito potencial. Quando olha para o banco, Seabra se vê com Lucas Silva e Romero. Japa, uma solução melhor, se machucou e não joga mais no ano. Quem sabe Jhosefer nã vire uma opção também?

Falando em base, não entendi porque Tevis foi chamado para compor o grupo e Kenji não. Com números fabulosos em 2024, o filho do ex-jogador Kleber (lateral-esquerdo que passou por Santos, Corinthians e Inter) tem feito bonito na base. Além disso, devido às lesões, o Cruzeiro bem que podia trazer João Pedro de volta. Atacante veloz, seria uma boa opção no atual momento do clube, que não vai mais se reforçar até o fim do ano.

Dessa maneira, Seabra se encontra com uma série de fatores. Por muitas vezes tomou a decisão errada. No entanto, o Cruzeiro está em quinto e pode, em breve, entrar no G-4. A torcida precisa estar ao lado, parar de pedir a cabeça desse ou daquele. Desde 2022 estamos em reconstrução e, agora, o presidente é alguém apaixonado. O trabalho de Seabra será avaliado ao final do ano. Em 2023, o ex-diretor de futebol, que me recuso a falar o nome, preferiu pel saída de um técnico que, ao lado de Autuori, tirou o Cruzeiro do risco de queda e, ainda, classificou para a Sul-Americana. 

Torcedor tem que ter uma memória mais longa e parar de querer imediatismo. Futebol não é mágica e não se transforma a água em vinho. São processos. E o Cruzeiro está no caminho. Precisa, sim, de ajustes, de convicções, de consciência tática e mais eficiência e intensidade. E outra: se hoje estamos brigando na parte de cima da tabela, muito se deve ao trabalho da gestão, tanto do futebol quanto de vestiário. É preciso ter paciência. Não estamos no Z-4.


POR: JOÃO VITOR VIANA