Por: João Vitor Viana
Depois de uma vitória contra o América, foi feita a seguinte pergunta ao treinador Adilson Batista: "O Fabinho disse que não entende ser reserva e que, por não ter chances, poderia sair no meio do ano. Você acha que ele está certo de ele não aceitar a reserva no time?". Pois bem, essa pergunta foi feita ao treinador do Cruzeiro, que, sutilmente, deu uma resposta cabível. "Ele, assim como todo jogador, quer jogar. É natural. Mas o que eu mais fico impressionado é que o Cruzeiro ganha, é líder, e querem fazer crise aqui. A crise tem que ser feita em quem está lá atrás. O Fabinho é útil, um jogador que a gente confia e que está correspondendo quando é solicitado. Mas quem escala e planeja sou eu. E aqui no Cruzeiro não há crise. Estou no meu terceiro ano aqui e sei como isso acontece em Minas Gerais", alfinetou.
O que Adilson quis dizer é que grande parte da imprensa mineira tenta implantar crises no Cruzeiro. E, de certa forma, errado ele não está. Parte da imprensa sente, sim, incômodo com o sucesso do Cruzeiro e o insucesso do Atlético. Afinal, são quase 40 anos sem ganhar um título de expressão e mais entalado que isso nem o decacampeonato do América.
Mas dizer que a imprensa toda é contra o Cruzeiro, bem, isso não sei. Pode ser que não. Mas não há como ir a favor também. Tem, sim, pessoas na imprensa, de jornais, rádios e televisões, que vão para o lado pessoal e tentam desestabilizar equipes. Isso é assim em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul, no Rio, em São Paulo. Mas são os maus profissionais que fazem isso. Cabe a quem comanda tais jornalistas, se é que são, orientá-los a deixarem de lado o coração e agir com a razão. Há grandes profissionais no mercado atrás de um lugar ao sol, onde hoje ocupam profissionais incompetentes, mas de costas quentes.
Questionar a idoneidade da imprensa mineira é complicado, é generalizar a ação de alguns. Bom, o blog não vai aqui defender nem acusar ninguém. Afinal, cada um é cada um. Há quem pensa que sim, quem pensa o contrário. Mas uma coisa é certa: tem horas que certas perguntas não são as melhores a serem feitas. E cabe ao jornalista ter esse feeling. Como diz o velho ditado "cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém". Então que assim seja e que a imprensa, se por um lado não é tendenciosa, que saiba como argumentar, questionar ou noticar algo. O papel dela é enunciar, anunciar e denunciar. Mais que isso já foge ao seu propósito.
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