quinta-feira, 6 de maio de 2010

Que noite tivemos ontem?

Por: Marcello Zalivi

Caldeirão, estádio acanhado, gramado ruim, corredor polonês no túnel do vestiário, hostilidades, pressão e falácias? Ou, noite de gala, fundo musical uruguaio, salão apertado e aconchegante, com liberdade para passear e demonstrar a habilidade do 4° melhor futebol do mundo?

Para a torcida do Cruzeiro, a maior de Minas, foi claramente a segundo opção. Um espetáculo de jogar o esporte bretão. Foi à vitória não apenas do melhor futebol, mas do profissionalismo contra a costumeira catimba e antiquadas artimanhas que insistem em prevalecer nos outros países da América latina, um espelho do retrocesso que alguns hermanos ainda vivem.

O Nacional e o seu técnico deveriam ter colocado menos combustível no jogo e medido forças com mais humildade. Estão enfrentando um dos melhores times da atualidade no futebol mundial, com uma sala recheadas de troféus. Invocavam um longínquo passado na tentativa de despertar um Nacional que não existe há quase 30 anos para vencer uma equipe que fez aquilo que deveria fazer, jogar futebol. Em momento algum os mineiros procuraram o anti-jogo, preocuparam-se apenas com a partida, e por isso, venceram com tanta autoridade.

Muita gente do outro lado da lagoa, desdenhando da classificação celeste, disseram que o time do Nacional não valia nada. Não é verdade, eles contam com bons jogadores, o defensor Lembo e os atacantes Varela e Regueiro. O time classificou-se em uma chave difícil como primeiro do grupo, batendo inclusive, o Banfield, atual campeão argentino, jogando fora de casa e era o único invicto da Libertadores. A vitória cruzeirense foi justa e incontestável, simplesmente porque alem de ser superior tecnicamente, o Cruzeiro entrou focado no jogo e na classificação. Já o Nacional, entrou preocupado em catimbar, provocar e bater. Entraram em campo arrotando caviar, mas jogaram como se fosse um pão com manteiga. Não poderia dar outro resultado.

Thiago Ribeiro, Fabrício e Gilberto jogaram um grande futebol. Fábio foi seguro como sempre, e contou com um Gil muito mais firme na defesa e Diego Renan subindo de produção. O time fez pela terceira vez na competição um grande jogo, e pela terceira vez balançou 3 vezes as redes adversárias, tomando apenas um gol . O time está firme na luta pelo Tri da América.

Agora é pensar no São Paulo. Um time copeiro e de grande tradição internacional. Os paulistas não passam por um bom momento, mas nunca podem ser subestimado. Apesar de o grupo estar rachado e das dificuldades que apresentaram diante do fraco Universitário do Peru. O São Paulo contam com jogadores de qualidade, como Hernanes, Ceni e Dagoberto, que em noite inspirada podem fazer a diferença. Mas time por time, o Cruzeiro está em melhor fase e com um grupo visivelmente mais unido.

Se passar pelo São Paulo, o adversário está entre Estudiantes, Banfield e Internacional. Teoricamente a probabilidade maior é de um argentino, e qualquer um dos dois serão pedreiras, pois fazem boas campanhas tanto na Libertadores como no campeonato nacional. Porem, o Cruzeiro está crescendo e mostrando maturidade no momento certo, e a torcida fortalece o sonho do Tri.

Com humildade iremos rumo à conquista da América.

Vamos Cruzeiro querido de tradição. Libertadores, ser campeão!!!

Um comentário:

  1. A noite que tivemos ontem foi perfeita. O Cruzeiro deu show de bola, despachou o Nacional, e vai com tudo pra cima do São Paulo, mostrando que vai brigar muito pelo título.

    Além disso, Corinthians, Palmeiras, Vasco e as "Cocota" foram desclassificados da Libertadores ou Copa do Brasil.

    Vamos com tudo RUMO AO TRI.

    blograposaazul.blogspot.com

    saudações celeste

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Recomendamos uma terapia ou psiquiatra