Por: Marcelo Bechler (www.blogdemarcelomachado.blogspot.com)
Vinte minutos de bom futebol, vinte e cinco de erros e mais quarenta e cinco de pressão. Assim pode ser dividido o tempo de jogo do Cruzeiro na partida contra o Goiás. A equipe começou em alta velocidade e marcou com Gilberto aos 10 minutos.
A partir dos 20, Carlos Alberto, ala do Goiás, passa a avançar mais, obrigando Gilberto a voltar parar marcar. No primeiro tempo, o time de Emerson Leão chegava por ali, aproveitando o espaço existente no setor de Diego Renan. Na volta do intervalo, o camisa 6 passou a funcionar como zagueiro pela esquerda, Gilberto se transformou em ala e o problema defensivo foi parcialmente resolvido. Parcialmente.
Isso porque a equipe de Cuca não conseguia trocar passes, segurar a bola no ataque e sair de seu campo de defesa – tanto que finalizou duas vezes no segundo tempo. O Goiás pressionava, mas criava pouco. A marcação não foi o maior defeito do Cruzeiro, mas a saída para o jogo. O time errava e devolvia a bola para o adversário jogar.
O time mostrou no segundo tempo, uma face do Botafogo de 2007, treinado por Cuca, semifinalista da Copa do Brasil e que liderou, por boa parte, o primeiro turno do campeonato brasileiro.
A equipe carioca contava com Juninho (Gil), Renato Silva (Caçapa) e Luciano Almeida (Diego Renan) na defesa. Luciano saía timidamente como lateral. Joilson (Jonathan), Diguinho (Fabrício), Leandro Guerreiro (Henrique), Jorge Henrique (Gilberto) e Lúcio Flávio (Roger) no meio-campo. Sendo que Jorge Henrique é atacante e voltava como um ala pela esquerda para acompanhar o lateral adversário e ajudar o time a armar. Na frente, Zé Roberto (Thiago Ribeiro) pela direita e Dodô (Wellington Paulista) centralizado.
Assim como o time botafoguense de três anos atrás, o Cruzeiro, entre os parênteses, foi veloz mais uma vez com o novo treinador. Velocidade é importante, mas ter a posse da bola, para variar, será muito útil para evitar sufoco como nos dos dois jogos pós-Copa.
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