Cosme Rímoli fala da arbitragem trágica de Héber Roberto Lopes

Por: Cosme Rimoli

"Dois pontos.
Que ninguém se esqueça após a última rodada.
Héber Roberto Lopes tirou dois pontos do Cruzeiro ontem no Engenhão.
Não compre a idéia que a partida foi um jogão porque acabou em 2 a 2.
O Cruzeiro de Cuca mostrou personalidade e Montillo.
O melhor argentino a pisar no território nacional desde Carlito Tevez.
A postura do time mineiro foi brava, corajosa.
De time que quer e tem potencial para ser campeão.
Bem diferente, por exemplo, do São Paulo na semana passada.
Joel Santana não estava preparado para tamanha ousadia.
Nem seu bravo Botafogo, que faz uma campanha além da sua capacidade, graças a Joel.
Mas não foi preciso colocar mais três zagueiros.
No gramado corria o melhor reforço botafoguense: o paranaense Heber Roberto Lopes.
O que ele fez foi revoltante.
Aos 21 do primeiro tempo, Diego Renan foi à linha de fundo e cruzou para Farias marcar.
Lance claro.
O bandeira Altemir Hausmann teve a visão da jogada e nada marcou.
Mas, de maneira estranha, Héber anulou o gol alegando que a bola saiu.
Inacreditável.
Até os jogadores do Botafogo não acreditaram.
Anote aí: um gol a menos para o Cruzeiro por causa de Héber.
O pior, mais estranho ainda, estaria por vir.
Aos 29 minutos do segundo tempo, quando Montillo já tinha aprontado tudo.
E o Cruzeiro vencia por 2 a 1.
Diego Renan faz falta fora da área em Maicosuel.
A linha da grande área deixou nítida, cristalina a falta fora da área.
De maneira grotesca, Héber marcou o pênalti.
Até torcedores botafoguenses riram.
Era muita cara de pau.
Loco Abreu bateu e empatou o jogo.
Resumo da ópera: um gol legítimo anulado e uma falta fora da área que virou pênalti.
Até Madre Tereza se fosse viva iria protestar na CBF.
O erros foram insuportáveis.
Se Héber tivesse permitido, o Cruzeiro seria hoje o segundo colocado do Brasileiro.
Empurraria o Fluminense para terceiro.
Mas o árbitro paranaense não quis.
São jogos assim que acabam com a credibilidade do campeonato.
Héber pode ter errado como qualquer ser humano?
Um juiz com a sua experiência, com seu talento, não poderia.
Foi tudo muito injusto.
Até torcedor do Atlético Mineiro ficou revoltado.
O Botafogo foi protegido.
Somou um ponto que não deveria ser seu.
Toda revolta da diretoria, dos jogadores, dos torcedores cruzeirenses é pequena diante do que aconteceu.
Não dá para perdoar.
Se Héber Roberto ficar afastado por 15 anos, ainda assim, será pouco.
Não há como não ser repetitivo no adjetivo.
Até para não ser processado.
Foi tudo muito estranho o que aconteceu no Engenhão...
Sorte para os cariocas Botafogo e o Fluminense...
Sorte, apenas sorte, lógico..."