Acostumados a entrar em campo e a saudar a torcida, os jogadores do Atlético-MG viverão uma situação inusitada no próximo domingo – algo já vivenciado pelo Cruzeiro neste Brasileirão. O Parque do Sabiá, local do clássico marcado para as 18h30m (de Brasília), em Uberlândia, será ocupado, exclusivamente, pela torcida cruzeirense. A expectativa é de que os quase 45 mil ingressos sejam vendidos. Neste caso, o que fazer? Como proceder ao pisar no gramado? Jogar com uma torcida só é, realmente, uma vantagem? Com a palavra, quem já passou por isso e também quem vai viver essa experiência pela primeira vez:
- Em clássico, isso não tem vantagem nenhuma. No primeiro turno, jogamos só com a torcida deles e conseguimos vencer. Não vejo diferença nenhuma. Estamos dentro de campo, e quem está fora não interfere em nada para nós. Quando entro em campo, eu só me concentro na partida – destacou o volante Marquinhos Paraná, do Cruzeiro.
- Temos que ficar quietos para não tomar vaia. Nunca vivi isso. Quando aconteceu, no primeiro jogo, eles tiveram maturidade para fazer uma boa atuação. Isso serve de lição para termos frieza e fazermos um grande jogo. Mas acredito que não vai ser nenhuma vantagem para eles, já que o Parque do Sabiá é um campo grande, parecido com o Mineirão. Ou seja, um tipo de campo que nossa equipe gosta de jogar – observou o volante Zé Luis, do Atlético-MG.
A decisão de jogar com uma torcida só foi tomada em comum acordo pelas diretorias do Atlético-MG e do Cruzeiro para garantir a segurança. No primeiro turno, o jogo foi disputado na acanhada Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, cuja capacidade máxima não chega a 20 mil torcedores. Na ocasião, ficou definido que apenas a torcida do Galo seria liberada (veja a foto).
- O apoio da torcida é importante, mas não quer dizer que é vitória garantida. A gente tem o exemplo do primeiro turno. Não basta só apoiar, porque clássico é equilibrado. Temos que jogar também – observou o atacante cruzeirense Thiago Ribeiro.
O técnico Cuca concordou.
- Nunca tive uma situação dessa a favor. Só tive uma vez, e foi contra, no primeiro turno. Não podemos cair nesse conto de que com torcida única você fica mais forte. Temos que tomar muito cuidado. Pode empurrar, mas não chega a fazer diferença dentro de campo.
Para o atacante Diego Tardelli, do Galo, a torcida atleticana vai fazer falta, mas ele já planejou uma maneira de encarar a arquibancada lotada de cruzeirenses.
- Não vai ter torcida nossa, mas estou preparado. Vamos encarar como um jogo fora de casa, nada mais do que isso.
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