quinta-feira, 25 de novembro de 2010

GERAL: COLUNA DO FLÁVIO ANSELMO

TORCIDA DO CRUZEIRO LEVA RICCI À JUSTIÇA COMUM

Flávio Anselmo - 25/11/10

Uma medida que a Trincheira sugeriu logo após aquela desavergonhada roubalheira que o Cruzeiro sofreu diante do Corinthians foi levada em consideração por uma torcida celeste. Afinal, se Ricci e sua associação ameaçaram todo mundo com medidas judiciais, na época eu sugeriu: façam a reconvenção. Haveria mais provas a se produzir contra Sandro Ricci do que ele e seus companheiros contra os indignados críticos, ou analistas sérios.

* Pode até dar em nada, mas, de repente, a Justiça cumpre o estabelecido no Estatuto do Torcedor e os adeptos do Cruzeiro, prejudicados com a arbitragem dolosa e parcial do Ricci serão indenizados. A briga é boa e acordará os árbitros caseiros.

AÇÃO PROPOSTA

A matéria publicada no site Uai merece ser repercutida aqui, neste impagável espaço, pra rodar o mundo como fazem meu blog e minha Trincheira. Toma lá:

“A atuação controversa da arbitragem na partida entre Corinthians e Cruzeiro, no Pacaembu, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro, ainda renderá polêmica nos próximos meses. Não bastassem todas as reclamações da comissão técnica e dos jogadores celestes, o torcedor cruzeirense João Carlos Fonseca, de 26 anos, que esteve presente no estádio no dia do jogo, acionou a justiça comum contra o árbitro da partida, Sandro Meira Ricci”.

“Eu me senti muito lesado, porque nós viajamos, pagamos ingressos e caravanas durante todo o ano para vir um cidadão como o Meira Ricci e inventar o jogo inteiro. Portanto nós, da torcida Fanáti-Cruz, entramos em comum acordo, eu e o Fabrício, que é presidente da torcida e meu advogado e resolvemos entrar com o processo”.

“Com base no artigo 30 do Estatuto do Torcedor, o cruzeirense reivindica uma ação por danos materiais e morais. O advogado Fabrício Reis explica que o Estatuto garante ao torcedor uma arbitragem imparcial e isenta de pressões, o que, segundo os cruzeirenses, não ocorreu no Pacaembu”.

“O árbitro, por ser natural de Minas Gerais, de Poços de Caldas, sofreu pressão durante a semana do jogo por parte da imprensa paulista no sentido de não favorecer o time de Minas. Ele sofreu essa pressão e o Estatuto do Torcedor fala que você tem o direito de ter uma arbitragem isenta de pressões”.

Diz a reportagem que o advogado explicou o seguinte: “Pelas atitudes parciais do árbitro na partida, meu cliente está reivindicando uma ação por danos materiais, pelas despesas de transporte e ingresso que teve, e morais. No último caso, o pedido é feito por arbitramento, portanto é o juiz quem estipula o valor a ser pago”.


“ Dr. Fabrício ainda revelou que a ação envolve apenas o árbitro Sandro Meira Ricci e deixa de fora os auxiliares da partida, que se equivocaram em diversos lances de impedimento - Na vésp0era da viagem do Sandro Meira Ricci para os Estados Unidos, ele deu uma entrevista falando que ele era responsável pelo trio de arbitragem e que respondia pelos dois assistentes. Então é só contra ele”.

“O processo foi distribuído na última quinta-feira, no Juizado Especial Cível de Belo Horizonte e tem audiência marcada para o dia de 18 de fevereiro de 2011. “Nós vamos aguardar a presença dele (Sandro Meira Ricci) aqui na primeira audiência, que é de conciliação”, afirmou Fabrício Reis.”

* Aplausos pra moçada. Toda e qualquer torcida organizada que se indignar com os outros Sandros Riccis que aparecerem na vida de seus times, recorra à Justiça. Pelo menos faça neles a mesma raiva que fizeram em você.

LARGUEM DO PÉ DE ARANHA


A contusão de Renan Ribeiro, ameaçado de não enfrentar o Goiás, trouxe à cena diária da Cidade do Galo uma personagem esquecida, mas quando lembrada, maltratada. O goleiro Aranha. Vou fazer apenas duas perguntas àqueles que perseguem o rapaz e sua família: a) Aranha pediu pra vir jogar no Galo ou recebeu uma proposta irrecusável? b) Os perseguidores gostariam que isso fosse feito com alguém de suas famílias?

* A torcida do Galo tem experiência de sobra em casos idênticos. Perseguiu determinado jogador e depois se arrependeu quando ele aconteceu lá fora após ser vendido por preço de banana.

TRISTE E SORUMBÁTICO

Aranha disse que não teve problema direto com a torcida pra que alguns tivessem tanta raiva dele. Nunca contestou as vaias e nem as críticas da Imprensa. Humildemente aceitou tudo. É verdade. E até agora não retalia, sabe que só com trabalho e jogando bem mudará os maus conceitos sobre seu futebol. Aranha admitiu que ainda hoje sofre com os questionamentos de determinados elementos quando o encontram e seus familiares nas ruas.

* Isso é que lhe dó; e, realmente, deve doer pacas. Já pensou: você passeando num shopping com seu filho e um pelassaco te enchendo as medidas sem parar. Dá briga!

VAIA ATÉ NO AQUECIMENTO

Segundo Aranha, desde que saiu do time, com a chegada de Dorival Júnior, perdendo a posição pra Renan Ribeiro, tem sido vaiado até em aquecimento nos estádios. Chateia, diz ele, e com razão. O profissional trabalha com honestidade, não cria problema para o grupo, sempre calado e na dele, e bota a cabeça do lado de fora toma vaia e xingatório.

* Aranha veio para o Galo no primeiro semestre de 2009. Foi titular até sofre uma lesão. Voltou e não se deu bem. Em 24 jogos, levou 28 gols. Ele e a defesa, claro.

* Por causa disso, o clube buscou Marcelo e Fábio Costa. Novos fracassos. Aí assumiu Renan Ribeiro que Luxemburgo ignorava.

MAIS DECLARAÇÕES

Confesso que me arrependo das críticas volumosas que fiz em excesso ao Aranha ao ler suas declarações atuais. Ele disse: “Sofri até ameaças à sua família; já fiquei sentido muitas vezes este ano. Não esperava nada disso que aconteceu comigo. Para alguns foi justo, mas, para mim, não foi”.

* “Não é falando que se consegue nada. Temos que trabalhar. Se for o caso de jogar, vou procurar entrar e fazer meu melhor trabalho”.

* “Do clube, nada a reclamar; tem me tratado muito bem, honrado seus compromissos, e eu com os meus. Independentemente se for titular ou sexto goleiro, vou ser a mesma pessoa e trabalhar do mesmo jeito. Mas, as coisas que aconteceram comigo e minha família não foram justas”.

* “Quando eu cheguei aqui, a gente disputou título, vaga para Libertadores. Depois, machuquei. Quando me deram a oportunidade real de jogar, a gente foi campeão mineiro, que fazia tempo que o Atlético não ganhava. Saímos na semifinal da Copa do Brasil para o Santos, que foi o campeão. Não vejo que trouxe prejuízo para o Atlético. Errei, como todos erram. Um campeonato inteiro sem falhas, é muito raro”.

* “Meu contrato termina no final do ano e se o Atlético entender que não é vantajoso eu continuar aqui, vou trabalhar em outro lugar. Gosto daqui, me sinto em casa, mas se não tiver me agradando mais, vou embora. Sou um cara honesto e gosto de trabalhar. Em momento algum, vim aqui agredir imprensa ou torcedor”.



Flávio Anselmo

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