sábado, 26 de fevereiro de 2011

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Fonte: UOL

Depois da contratação de Mauricio Victorino junto à Universidad de Chile, Gil ganhou a disputa com Léo para se manter na zaga titular do Cruzeiro. Após duas partidas ao lado do novo companheiro, ele tenta melhorar a comunicação com o uruguaio para aprimorar o entrosamento.

Na tentativa de dialogar com Victorino, Gil utiliza a ajuda do lateral Pablo, que atuou por três anos no futebol espanhol. “O Pablo fala espanhol e procuro que ele fale com o Victorino para depois me passar. Em campo, procuramos nos entrosar para nos falarmos também”, afirmou o zagueiro.

Enquanto os zagueiros titulares do Cruzeiro tentam descobrir alternativas para se comunicarem, Gil e Victorino demonstram se entender bem em campo. Com a nova formação defensiva, a equipe comandada por Cuca não sofreu gols. Foi assim nas goleadas por 5 a 0 sobre o Estudiantes e por 4 a 0 diante do Guarani do Paraguai, nos dois jogos disputados pela Copa Libertadores.

“Isso é consequência do nosso trabalho no dia a dia, nós ali de trás nos dedicamos mais em trabalhos específicos. Às vezes acontece de levarmos gols, porque a gente não é imbatível”, observou Gil.

Para o técnico Cuca, a dupla de zaga do Cruzeiro tem conseguido aliar características diferentes de jogo. “O Gil tem um jogador técnico ao lado, que é o Victorino. É normal ter um jogador mais pegador, bom na bola aérea, como o Gil, juntamente com outro mais técnico. Eles têm casado bem”, avaliou.

Na campanha do vice-campeonato brasileiro no ano passado, Gil e Léo encerraram a competição como titulares. Juntos, os dois zagueiros ajudaram a equipe comandada por Cuca a ter a segunda defesa menos vazada, com 38 gols sofridos no mesmo número de jogos. Nesse quesito, o Cruzeiro ficou atrás apenas do campeão Fluminense, que sofreu 36 gols.

Para a temporada 2011, Gil e Léo mantiveram a dupla de a zaga do Cruzeiro nos dois primeiros jogos oficiais e a equipe não sofreu gols nas vitórias por 3 a 0 sobre a Caldense e por 1 a 0 sobre o Villa Nova. A equipe foi vazada pela primeira vez no ano na derrota por 4 a 3 para o Atlético-MG no clássico válido pela terceira rodada do Campeonato Mineiro.

No jogo seguinte, diante do Estudiantes, Cuca alterou a zaga titular e promoveu a estreia de Victorino. Questionado sobre as razões que o levaram a optar pela permanência de Gil em vez de Léo, o treinador enfatizou que tem confiança em todos os zagueiros do elenco.

“Se eu tivesse posto o Léo, você me perguntaria por que tirei o Gil. Nós jogamos sete partidas neste ano (considerando amistoso contra o Uberlândia) e tomamos gols só no clássico. No ano passado, tivemos a segunda melhor zaga do Brasileiro, perdemos apenas para o Fluminense. Em todos, tenho total confiança. O Victorino é selecionável, maduro, foi capitão da Universidad de Chile, pôs a camisa do Cruzeiro e coube certinho nele”, comentou o treinador.

Titular desde a última temporada, Gil tenta manter a confiança de Cuca. “Estou conseguindo me manter jogando, começando as partidas, mas sempre procuro não abaixar a cabeça independente de jogar ou não. Trabalho forte para manter a confiança do técnico e dos companheiros”, destacou.

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