Fonte: UOL
O presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, diz considerar que há muita irresponsabilidade na gestão do futebol brasileiro e propõe a realização de um acordo de teto salarial entre os clubes.
“Existe muita irresponsabilidade também dentro do Brasil. Eu não quero citar nomes é claro, mas eu não tenho salários de R$ 200 mil no Cruzeiro. Não critico também quem pague não, eu acho que se você tem condições de pagar, paga”, comentou o dirigente celeste, durante participação ao vivo no programa Arena Sportv, na tarde desta terça-feira.
“Nós conseguimos aumentar muito nossas receitas de televisão, com contrato novo e eu temo que esse dinheiro vá parar na mão dos jogadores”, observou Zezé Perrella, que disse temer ação de “presidentes irresponsáveis”, que poderão inflacionar o mercado mais uma vez.
“Procuro sempre pagar dentro do que eu posso pagar. Não atrasei salário nesses 15 anos que estou à frente do Cruzeiro e não vou contratar um jogador para ganhar R$ 300 mil por mês se não tenho condição de pagar, repito essa inflação é causada pelo mercado do futebol, pelo mercado internacional também”, complementou o presidente cruzeirense.
Além de Zezé Perrella, o presidente do Santos, Luiz Álvaro de Oliveira Ribeiro também foi convidado do programa exibido pelo Sportv, que tratou da situação financeira dos principais clubes brasileiros, a partir de uma série de reportagens feita por aquela emissora de TV a cabo.
“Eu acho que nós tínhamos que ter sim, dentro dos clubes, um acordo pra não ultrapassar muito”, afirmou Zezé Perrella, referindo-se a um teto salarial para o futebol brasileiro.
O presidente celeste comentou ainda a falta que o Mineirão tem feito para o Cruzeiro, disse que o modelo de sócio torcedor adotado pelos clubes gaúchos deve ser seguido e salientou que vender jogadores ainda é indispensável. “Espero quando o Mineirão estiver pronto, contar com a ajuda do torcedor cruzeirense para termos um grande programa sócio torcedor, para dependermos menos de vender jogadores”, destacou.
Segundo ele, ainda vai ser uma receita importante por muito tempo. “Tenho o sonho de não mais precisar vender o artista, mas poder vender apenas o espetáculo”, observou Zezé Perrella.
“Hoje, o Cruzeiro depende ainda de vender jogadores, temos conseguido, costumo falar com nosso torcedor que o dia em que parar de conseguir vender jogadores aí sim ele tem de ficar preocupado, porque não se consegue ser campeão com salários atrasados”, salientou o dirigente celeste.
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