segunda-feira, 30 de maio de 2011

Pós-jogo: Superesportes

Jorge Gontijo/EM/D.A Press
Anselmo Ramon substituiu Brandão, perdeu gols claros, mas fez
gol do empate


Se o futebol fosse um esporte justo, a vitória teria que ser do Cruzeiro no duelo deste domingo, com o Palmeiras, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. O time celeste foi superior nos dois tempos, criou mais e teve chances claríssimas. No entanto, a competência diante da meta não foi a mesma. No fim, o campeão mineiro, um dos favoritos ao título, teve que se contentar com o empate por 1 a 1 e segue sem vencer na disputa.

Na estreia, o Cruzeiro havia sido derrotado pelo Figueirense em Santa Catarina, por 1 a 0.

O Palmeiras marcou primeiro, com Luan, num período de ampla superioridade cruzeirense no segundo tempo. O empate dos donos da casa saiu dos pés do estreante Anselmo Ramon.

No próximo sábado, o Cruzeiro visitará o Fluminense no Rio de Janeiro, e tentará a vitória inédita na competição. No mesmo dia, o Palmeiras jogará em casa contra o Atlético-PR.

Cruzeiro melhor

O Cruzeiro fez jus à condição de mandante e foi superior ao Palmeiras num primeiro tempo muito corrido, marcado também por predomínio das defesas sobre os ataques. O Palmeiras chegou poucas vezes com perigo à área de Fábio, mas também deu poucos espaços ao time celeste, que ocupou o campo de defesa adversário na maior parte do tempo.

O esquema 4-3-3 em momento algum fragilizou a defesa do Cruzeiro, pois Wallyson, Thiago Ribeiro e Brandão cumpriram à risca a determinação de Cuca de combater as saídas do Palmeiras pelo meio e pelas laterais.

O início da partida passou a impressão de que o Cruzeiro chegaria rapidamente ao gol. O time azul acelerou o ritmo, pressionou, mas tinha dificuldade de invadir a área de Marcos com a bola dominada, por conta de uma marcação eficiente. A solução encontrada foi explorar o jogo aéreo com Brandão. Apesar disso, o atacante não levou a melhor pelo alto em nenhuma jogada.
Jorge Gontijo/EM/D.A Press
Montillo voltou a jogar bem e comandou o setor de criação do Cruzeiro diante do Palmeiras


Aos sete, Wallyson decidiu arriscar o chute de fora da área e acertou a trave direita de Marcos, batido no lance. No minuto seguinte, Henrique também arrematou de longe, no intuito de pegar o goleiro desprevenido, mas a bola saiu à linha de fundo, com perigo.

O Palmeiras só assustou aos 19, quando Fábio cortou parcialmente o cruzamento de Gabriel e Tinga, sozinho, concluiu à linha de fundo.

A resposta cruzeirense foi dada aos 28 minutos, numa grande jogada de contragolpe, iniciada por Montillo. O argentino tabelou com Henrique, ajeitou na grande área e Gilberto acertou um belo chute no ângulo direito. No entanto, Marcos estava atento e fez a defesa.

O excesso de faltas de Brandão e sua ineficiência com a bola nos pés começaram a irritar o torcedor cruzeirense na Arena, a ponto de o atacante ser vaiado. Ele só assustou Marcos aos 40, quando girou diante do zagueiro, bateu de perna esquerda, de fora da área, e a bola saiu com perigo à direita.

Pressão

O Cruzeiro voltou a campo com Anselmo Ramon no lugar do apagado Brandão, e repetiu a estratégia da etapa inicial, de sufocar o Palmeiras. O time criou seguidas oportunidades de sair na frente, a mais incrível delas desperdiçada aos dois minutos. Montillo roubou a bola, Wallyson partiu em velocidade em direção ao gol e, diante de um Marcos batido, tocou para Anselmo Ramon com a meta aberta. Mas o jovem atacante se enrolou e chutou para fora.

Aos quatro, Marcos cortou cruzamento de Montillo com os pés e impediu a finalização de Anselmo Ramon. O Cruzeiro voltou a assustar aos dez, em conclusão de Marquinhos Paraná rente à trave esquerda. O goleiro palmeirense apareceu novamente com brilho aos 13, quando impediu a abertura do placar com duas defesas.

O gol cruzeirense parecia maduro, mas quem marcou, num lance de contragolpe, foi o Palmeiras, aos 14 minutos. Luan arrancou com a bola dominada e acertou o ângulo esquerdo de Fábio num chute perfeito: 0 a 1.
Jorge Gontijo/EM/D.A Press
Anselmo Ramon evitou a derrota

Bem melhor em campo, o Cruzeiro sentiu o gol. Cuca decidiu trocar Thiago Ribeiro por Ortigoza. Em seu primeiro lance, aos 23, o paraguaio roubou a bola do zagueiro, penetrou sozinho e tentou encobrir Marcos. A bola saiu sobre o travessão. Seria um sinal de que a tarde não era do time celeste?

Pois o gol de empate saiu aos 28 minutos. Depois de escanteio cobrado pela esquerda, a bola foi desviada na primeira trave, de cabeça, e Anselmo Ramon apenas completou na segunda: 1 a 1.

Também após cobrança de escanteio, aos 30, Chico quase recolocou o Palmeiras na frente.

Mas, nos minutos finais, quem perseguiu a vitória foi o Cruzeiro. Aos 38, Ortigoza fez grande jogada pela direira, cruzou rasteiro e Gilberto, sozinho, pegou mal na bola e mandou por cima.

Já nos acréscimos, aos 48, Anselmo Ramon teve a chance de matar o Palmeiras, mas a finalização diante de Marcos saiu à esquerda. Apesar da luta do time, a torcida reprovou o resultado com vaias. (UAI)

CRUZEIRO 1 X 1 PALMEIRAS

Cruzeiro
Fábio; Marquinhos Paraná, Leo, Gil e Gilberto; Leandro Guerreiro, Henrique e Montillo; Wallyson (Everton, 35min 2ºT), Brandão (Anselmo Ramon, intervalo) e Thiago Ribeiro (Ortigoza, 17min 2ºT).
Técnico: Cuca

Palmeiras
Marcos; Cicinho, Thiago Heleno, Danilo e Gabriel Silva; Marcos Assunção, Márcio Araújo, Patrik e Tinga (Chico, 27min 2ºT); Kleber (Dinei, 45min 2ºT) e Luan (Adriano, 35min 2ºT).
Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Motivo: 2ª rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG)
Data: 29/05/2011, domingo, às 16h (de Brasília)

Gols:
Luan (Palmeiras), 14min 2ºT
Anselmo Ramon (Cruzeiro), 28min 2ºT

Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (DF)
Assistentes: Marrubson Freiras (DF) e Thiago Brígido (CE)

Cartão amarelo:
Thiago Ribeiro (Cruzeiro), 17min 2ºT
Luan (Palmeiras), 20min 2ºT
Gil (Cruzeiro), 21min 2ºT
Márcio Araújo (Palmeiras), 33min 2ºT

Pagantes: 9.080
Presentes: 10.059
Renda: R$ 147.838,25

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Palavrões, palavras preconceituosas ou posicionamentos políticos serão removidos. Os torcedores do rival que não têm o que fazer e que sentem incomodados com o Cruzeiro são bem-vindos. A gente entende a carência deles...

Já para pessoas loucas, que adoram postar pensamentos e acham que aqui é um muro de lamentações, um recado: acabou a farra!

Recomendamos uma terapia ou psiquiatra