Em 2007, o Atlético-MG venceu o primeiro jogo por 4 a 0, com direito a pedido de demissão do então técnico cruzeirense Paulo Autuori, logo após o jogo, disputado no Mineirão. Na partida de volta, no mesmo local e uma semana depois, o Cruzeiro foi comandado interinamente por Emerson Ávila e venceu por 2 a 0, resultado insuficiente para conquistar o título. Depois dessa partida, Dorival Júnior, atual treinador atleticano, assumiu o comando da equipe celeste no Brasileirão.
Nos dois anos seguintes, a tradição de se decidir o título no jogo de ida também prevaleceu, só que mudou de lado. Em 2008 e 2009, o Cruzeiro, sob o comando de Adilson Batista atropelou o rival, com duas goleadas por 5 a 0. No primeiro ano, no jogo da volta, o time celeste ainda confirmou sua superioridade, com novo triunfo, dessa vez, por 1 a 0.
Na temporada seguinte, em 26 de abril, mais uma vez no Mineirão, o Cruzeiro repetiu o placar da decisão anterior. A goleada por 5 a 0 foi construída com gols de Kleber, Leonardo Silva (dois) e Jonathan (dois). Nenhum dos três continua na Toca da Raposa II e o zagueiro defende agora o rival Atlético-MG.
A decisão, que começa neste domingo, é a quarta nas cinco últimas edições do Campeonato Mineiro. A sequência de clássicos foi interrompida, ano passado, quando o Cruzeiro foi eliminado na semifinal pelo Ipatinga. O Atlético foi campeão e tentará o bicampeonato.
O técnico Cuca não descarta que o primeiro jogo, da decisão de 2011, volte a deixar uma das duas equipes mais próxima do título. “Não dá para te dizer. Cada jogo é uma historia. Pode ser que defina, pode ser que encaminhe. Pode ser que passe para o segundo jogo. Temos que estar prontos. Pedir a Deus que se tiver um encaminhamento grande que seja para o nosso lado”, comentou o treinador celeste.
Para o volante Serginho, do Atlético-MG, os clássicos com o Cruzeiro são caracterizados pela busca do gol por parte dos dois times. “Por isso tem esses placares elásticos, mas a expectativa é que a gente consiga fazer os gols, vamos trabalhar forte para a gente acertar muito bem ali atrás, para que a gente não tome os gols que podem nos prejudicar, até pela vantagem que eles têm, acho que temos de estar focados”, afirmou o atleticano.
A vantagem a que se referiu Serginho foi conquistada pelo Cruzeiro por ter sido o primeiro colocado na fase de classificação do certame. Dessa forma, o time celeste será campeão se empatar os dois jogos ou vencer um e perder outro pelo mesmo saldo de gols. Na primeira partida, somente torcedores atleticanos poderão comparecer ao estádio, situação que será invertida para o clássico do próximo dia 15, também na Arena do Jacaré.
Se tem vantagem, conferida pelo regulamento, o Cruzeiro terá de superar o abatimento causado pela surpreendente e precoce eliminação nas oitavas de final da Libertadores, com a derrota para o Once Caldas, por 2 a 0, na última quarta-feira, na Arena do Jacaré. O time celeste podia perder por até 1 a 0, mas não conseguiu seguir adiante na competição internacional.
Cuca reconhece que a eliminação ainda causa abatimento entre os jogadores e comissão técnica. “Não adianta dizer que já faz parte do passado, porque não faz. Dói, está doendo. Mas temos que ser profissionais e temos que buscar o outro objetivo traçado que é o Mineiro”, ressaltou.
Pelo lado atleticano, a conquista do título não é menos importante, já que o time foi eliminado pelo Grêmio Prudente, também de forma precoce, na Copa do Brasil. “A maioria não esperava a nossa saída precoce da Copa do Brasil, mas agora já foi, é pensar no clássico dessa final, sabendo que não tem favorito e que é dentro de campo que vai resolver”, disse o atacante Magno Alves.
Os dois times terão desfalques. No Atlético-MG, Dorival Júnior não poderá contar com o volante Richarlyson, que foi expulso na vitória sobre o América-MG, por 2 a 1, no segundo jogo da semifinal, e com o meia Renan Oliveira, suspenso pelo terceiro amarelo, e que deverá ser substituído por Bernard, outra prata da casa. Richarlyson não vinha como titular. Por isso, o treinador manterá Serginho, Fillipe Soutto e Giovanni Augusto.
Em compensação, no ataque, Dorival Júnior poderá ter sua atual dupla titular, formada por Mancini e Magno Alves, que eram dúvidas, por causa de lesões. Os dois se recuperaram e, embora Dorival Júnior não tenha oficializado, deverão atuar, como adiantou Magno Alves, que também ‘escalou’ o companheiro Mancini.
Pelo lado celeste, o atacante Thiago Ribeiro, que desfalcou o Cruzeiro nos dois jogos contra o Once Caldas segue fora por causa de lesão. Wallyson, outro titular do ataque, é dúvida. Desfalque na derrota para o Once Caldas, por 2 a 0, continua como dúvida. Ele foi relacionado por Cuca, que o aguardará até o momento final. Caso não se recupere, o jovem meia atacante Dudu deverá compor o setor com Ortigoza. Fabrício, que não joga desde novembro de 2010 e que foi operado do púbis, fica no banco.
ATLÉTICO-MG X CRUZEIRO
Data: 8/5/2011 (domingo)
Horário: 16h (de Brasília)
Local: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG)
Árbitro: Paulo César de Oliveira (FIFA-SP)
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho (Fifa-SP) e Roberto Braatz (Fifa-PR)
Transmissão: Globo Minas e pay-per-view
ATLÉTICO-MG
Renan Ribeiro; Patric, Leonardo Silva, Réver e Guilherme Santos; Serginho, Fillipe Soutto, Giovanni Augusto e Bernard; Mancini e Magno Alves
TÉCNICO: Dorival Júnior
CRUZEIRO
Fábio, Pablo, Victorino, Gil e Gilberto; Henrique, Marquinhos Paraná, Montillo e Roger; Wallyson (Dudu) e Ortigoza
TÉCNICO: Cuca
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