quinta-feira, 9 de junho de 2011

Amizade x Competência: o "dilema" dos treinadores



Cuca, Mano e vários treinadores têm os seus jogadores preferidos e por muitas vezes deixam de lado o melhor para por o "amigo" em campo

Por: Raposo Sensato

O futebol tem das suas e o que vou escrever hoje tem apenas um detalhe. Vemos, hoje, treinador sendo managers, pedindo a contratação não de um jogador para uma posição, mas "o" jogador. As indicações são nominais. Muitas acontecem por amizade, o que deixa o futebol um pouco nebuloso, descrente.

Recentemente vimos a lista de Mano Menezes na Seleção. Alguém tem dúvida que ele, na dúvida, chamou o "apadrinhado"? Não, não tenho. Dos 22 convocados, "gongo" uma boa parte, que não vou relatar aqui. Mas jamais deixaria jogadores como Fábio, Henrique, Nilmar e Damião de fora, além de outros. Hoje temos, sim, carências em algumas posições, como a lateral-esquerda, mas melhores soluções que as encontradas por Mano Menezes. Chamou vários amigos, que apelidei de "amigos da Kaiser", empresa que o patrocina. Com esse comportamento, para mim, antiesportivo, antiético, ele segue a vida na Seleção. Assim não vai longe.

No Cruzeiro e também em outros clubes, alguns jogadores podem se considerar privilegiados. Leandro Guerreiro, que jogou bem, sim, alguns jogos, caiu na normalidade mas não sai do time. Pablo, que afundou o Cruzeiro na fase decisiva da Libertadoresstá voltando aos poucos. Enquanto isso Bernardo é campeão no Vasco, Thiaguinho é emprestado, Dudu não tem chances e uma garotada boa da base não é aproveitada. Fora que jogadores de clubes anteriores são sempre sondados. A amizade é terrível. Roger no início do ano teve que ir à imprensa cobrar uma vaga no time. Mostrou dentro de campo que é um craque e ficou. Saiu somente por contusão. Thiago Ribeiro teve que "comer" banco para Wellington Paulista. O que dizer disso?

Infelizmente há treinador que faz isso, que desmerece talentos e tenta implantar a filosofia familiar nos times, tendo pupilos como base. Não pode ser assim. O profissionalismo deve estar acima disso e deve imperar diante de qualquer outro critério. O time é feito dos bons, cada time é uma seleção de melhores jogadores. Time de amizade é aquele do fim de semana que após a pelada vai para o bar encher a cara. E futebol profissional não pode ter regras amadoras.

Um comentário:

Palavrões, palavras preconceituosas ou posicionamentos políticos serão removidos. Os torcedores do rival que não têm o que fazer e que sentem incomodados com o Cruzeiro são bem-vindos. A gente entende a carência deles...

Já para pessoas loucas, que adoram postar pensamentos e acham que aqui é um muro de lamentações, um recado: acabou a farra!

Recomendamos uma terapia ou psiquiatra