O Cruzeiro é o atual campeão brasileiro sub 20. Este fato, por si só, já pressupõe a qualidade do trabalho de base celeste. O que é uma verdade incontestável.
Podemos dizer que o clube celeste é um celeiro de grandes jogadores e alguns craques. Exemplo disso, podemos citar Ronaldo, Ricardinho, Maicon, Luisão, entre tantos outros que me fogem à memória. Na atual safra, algumas pedras brutas se destacaram nas últimas competições, como Thiaguinho, Élber, Sebá, Gabriel Araújo, Gil Bahia, Léo, etc.
Sendo assim, tenho visto muitos torcedores aqui no blog e no twitter reclamando uma participação maior dos garotos da base no time principal. O grande destaque do time campeão brasileiro, o atacante Thiaguinho, foi emprestado para o Goiás e lá se eclipsou num time fraquíssimo, que vem muito mal na segunda divisão. Outros jogadores só agora começam a ter algum espaço no time profissional, como Élber e Gil Bahia, que foram relacionados pelo Joel Santana para o jogo contra o Coritiba, mas não foram aproveitados.
Entretanto, um dos principais responsáveis pela vitória no último sábado, foi o garoto Dudu. Ele, que é egresso da base, surgiu como grande promessa, foi emprestado ao Coritiba. Lá se destacou na campanha da série B e voltou no início da temporada, sob enorme expectativa. Até então, não teve assim uma grande atuação com o ex-técnico Cuca, o que já gerava contestação da exigente torcida celeste sobre seu futebol. Entrentanto, no último sábado, notamos um jogador mais agudo, leve, a exemplo de como ele era no time dos juniores.
Alguns torcedores chegam a exagerar. Querem que os garotos sejam logo lançados no time e que se deposite neles toda a responsabilidade de elevar o Cruzeiro na tabela, num campeonato difícil como o Nacional. A esses eu peço calma. A garotada pode até ganhar jogos, mas dificilmente ganha campeonato. Todo time precisa ser uma mescla de jogadores experientes e jovens. A não ser que se depare com fenômenos como um Ronaldo, um Neymar, os meninos precisam ser talhados com esmero e lançados gradativamente.
Gostaria muito que o Joel resgatasse no Goiás o garoto Thiaguinho e lhe desse uma chance real para entrar jogando durante as partidas. Além disso, o Natalino precisa ensinar ao nosso prata Diego Renan a marcar, fechar a defesa pela lateral, seja direita ou esquerda. Imagino que o nosso novo treinador terá essa importante missão: dar a confiança e a tranquilidade necessária a esses garotos para que eles explodam de vez e se tornem craques consagrados num futuro próximo.
Entretanto, eu volto a ponderar, precisamos ter paciência. O processo de transição dos juniores para o profissional não é nada fácil. Muita das vezes, nos empolgamos com a atuação de algum garoto, em um determinado torneio de categorias inferiores e logo o queremos ver no time profissional. É preciso lembrar que tudo muda quando o garoto sobe. A partir dali, o dinheiro cresce, o assédio também e a pressão se quintuplica. Todos estes elementos formatam uma armadilha que já capturou muitos talentos da base para a eternidade. Bernardo é um exemplo. Nos juniores era craque, exímio cobrador de faltas e lançador, se embrenhou no sucesso e não conseguiu produzir absolutamente nada, perto daquilo que víamos no sub 20, por mais que tenha tido inúmeras chances, inclusive em jogos fáceis do Campeonato Mineiro.
A base deve ter total apoio da torcida e da Comissão Técnica. Tomara que Joel, com seu estilo amigão, seja um segundo pai para estes garotos e lhes ensine fundamentos e também as malícias do futebol e da vida.
Na base reside o futuro do Cruzeiro e do futebol Brasileiro.
FORÇA, GAROTADA!!!
Saudações Celestes!!!
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