Dinheiro o Cruzeiro tem. E time?
Por: André Luís Mapa (Facebook: André Luís Mapa; Twitter: @andrelmapa)
Se o Cruzeiro possui arrecadação declarada de cerca de R$ 101 milhões em 2010, renovou no início do ano os contratos de patrocínio dos uniformes, com elevação de aproximadamente 20% do valor recebido, e obteve mais de 9 milhões de reais provenientes de vendas de jogadores durante a janela de transferências, por que o clube não investe?
Claramente a equipe celeste tem deficiências. A mais óbvia é no comando de ataque, já que nenhum dos atacantes de área do time não tem sido efetivo. Outras posições também carecem de um dono. Há ainda a perda do volante Henrique, um dos principais jogadores da equipe, que, ao que tudo indica, será maquiada pela contratação gratuita do meio-campo Charles, que quase não atuou pelo Santos este ano.
O grande objetivo do Cruzeiro para a temporada era ser campeão da Copa Libertadores, o que não aconteceu. A equipe que disputou a competição continental era basicamente a mesma que encerrou o Brasileirão do ano passado, ou seja, o investimento na qualificação do elenco foi insuficiente.
Qualquer empresa, quando pretende elevar seus resultados, investe em capacitação, inovação e tecnologia. No caso do futebol, é quase impossível ensinar alguém a jogar (capacitação), portanto é necessário investir em profissionais mais qualificados ou em evolução (jogadores jovens); a inovação consiste na forma como as equipes são armadas para surpreender os adversários, o que se torna difícil em uma equipe em que os atletas são os mesmos há anos e têm características parecidas, como Thiago Ribeiro e Wallyson.
O investimento em tecnologia merece um parágrafo à parte. Parte das receitas citadas acima tem estreita ligação com o investimento em tecnologia realizado no Cruzeiro. A elevação dos valores arrecadados com patrocínios e as receitas de bilheteria e do Programa Sócio do Futebol são, em parte, motivadas pelo marketing executado em torno da marca do clube; a venda de jogadores formados na base do clube, o lateral Jonathan, por exemplo, é resultado do investimento correto na estruturação física das categorias de base celestes.
Contudo, como o futebol é um esporte, e um esporte que mexe com a moção de milhões de pessoas, o Cruzeiro precisa investir seu capital de forma que consiga ser competitivo frente aos outros clubes, sobretudo, dentro das quatro linhas. Para o torcedor, o que realmente importa é bola na rede, troféu nas mãos e o grito de campeão saindo da garganta.
Muito legal, mas a diretoria está se esquecendo que o Cruzeiro é primeiramente um clube de FUTEBOL, e por isso o maior investimento deve ser neste. Não vou dizer que pensar no futuro não é importante, mas de que adianta pensar no futuro distante se não pensamos no presente e no futuro próximo do time?
ResponderExcluirPrecisamos de contratações, além do centroavante já mencionado na matéria, também precisamos de laterais, principalmente pela direita.
Acho que reforços para o meio podem ficar para um momento mais oportuno.
Concordo, Alyson. O investimento do qual falo na coluna é, primeiramente, na qualificação (capacitação) da equipe, o que significa jogadores com maior capacidade técnica.
ResponderExcluirAgora, dinheiro, ao que tudo indica, o Cruzeiro tem, o que falta é investir o capital.
Abraço