Por: Rica Perrone
Entendo, achando absurdo, que em São Paulo e no Rio alguns jornalistas façam a coisa parecer um upgrade irrecusável, como se ele jogasse num time pequeno. Não é verdade.
Se sair, sairá por dinheiro. Não tem nenhum motivo que o faça trocar o Cruzeiro, um dos maiores, por outro grande. Pelo contrário, sempre defendo que só com valores muito altos ou sendo bem burrinho pra sair de um grande onde você é ídolo e se aventurar em outro.
O Montillo já joga num clube que dá vitrine e dinheiro. Se não desse não estariam todos atrás babando. O que pode pesar nisso é apenas grana, pois esse papo de “vir pra SP” ou “vir pro Rio” não cabe aos 2 grandes mineiros e aos 2 grandes gaúchos.
“Ah mas e se o Cruzeiro cair!?”, você pergunta.
Se cair? O time decide. Se precisar da grana, vende. Mas se quiser que ele fique, acho que todo jogador tem a obrigação moral de ficar e subir o time que ajudou a derrubar.
Não conheço o Montillo, mas não me parece um traíra. Assim sendo, acho que a decisão é do Cruzeiro e não dos que o querem.
E se o Fabio Coentrão do Real Madrid vale 30 milhões de euros, pode começar por 70 o Montillo.
Mas não. Ele não vale os 70, é óbvio. Assim como o Coentrão não vale um kibe.
Leilão é feito com dinheiro. Ainda mais se os demais argumentos forem vazios e bairristas.
Montillo sabe onde está, o tamanho da camisa que veste e o quanto vale. Só não sabe bater pênalti, mas isso ele aprende.
FONTE: http://www.ricaperrone.com.br/2011/11/leilao-imaginario/
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