O Cruzeiro é conhecido nacional e internacionalmente pela força da sua categoria de base, que já revelou grandes talentos para o futebol, como Ronaldo Fenômeno, por exemplo. Um dos nomes com mais potencial entre os garotos cruzeirenses para o futuro é o atacante Léo, de 17 anos. O centroavante foi apontado até pelo presidente Gilvan de Pinho Tavares como um dos nomes que podem vir a brilhar no futuro pela Raposa. Mas será que o jovem já aparece entre os profissionais em 2012? A esperança do jovem é brilhar na Copa São Paulo e pavimentar seu caminho rumo à Toca da Raposa II
- Ninguém falou nada ainda. Mas sabemos que a Copa São Paulo é a vitrine e tem esperança de fazer um resultado bom e ali os diretores e olheiros estão atentos – disse o homem de frente.
E o momento é mais do que propício para se olhar com mais carinho os jogadores formados no próprio clube. Afinal, no domingo, O Barcelona, com nove atletas revelados na base entre os titulares, demonstrou na final do Mundial que ‘craque se forma em casa’ e dá um ótimo resultado essa política.
- Está mais do que comprovado que o melhor time do mundo foi feito na base. Se o Cruzeiro aproveitar melhor os jogadores da base, como Gil Bahia e Gabriel, Araújo, pode ajudar muito e evitar gastos muito altos. Sempre ficamos na espera da oportunidade – constatou a revelação.
A Raposa, em 2011, apresentou aos seus torcedores alguns dos jovens formados na base que podem brilhar com a camisa estrelada em breve. Gabriel Araújo, Gil Bahia, Sandro Manoel e Elber tiveram suas chances, e o último foi um dos que mais agradaram. Além deles, quem mais pode pintar como promessa no Cruzeiro no ano que vem? Léo dá seus palpites.
- Pronto é muito difícil falar. Só tendo oportunidade mesmo no profissional. Acho que um jogador que pode dar certo é o Lucas (volante), o capitão do júnior. O Murilo (zagueiro) tem tido lá em cima frequentemente. E um jogador que veio recentemente que é o João Paulo (atacante), ele é muito bom e deveria ter oportunidade no Mineiro.
Bagagem, Léo tem. A promessa disputou o Mundial Sub-17 pela Seleção Brasileira, terminando na terceira posição, e foi campeão Sulamericano com a camisa canarinha da mesma categoria. Na competição continental, Léo terminou como artilheiro, com quatro gols.
Preocupação em não queimar os garotos
A subida para o profissional é feita com muito cuidado pelos profissionais do Cruzeiro. A preocupação é de não jogar os meninos em uma situação complicada e prejudicar o rendimento deles como profissional no restante da carreira.
Nesta temporada, alguns atletas da categoria de base não conseguiram se firmar entre os titulares e chegou um ponto que foi evitado até que eles ficassem no banco de reservas. Para o atacante Léo, essa estratégia ocorreu pela difícil situação na tabela do Campeonato Brasileiro, competição que os celestes lutaram para não ser rebaixados.
- Eu vejo que esse ano foi complicado pela colocação na tabela. Como não tinha bons resultados, os mais experientes não conseguiam resolver, então seria muito difícil um garoto da base mudar alguma coisa. E poderia queimar alguém e ele não jogaria mais no profissional. A diretoria tem essa preocupação, pois sabe que todos têm seu valor. Mas tem p cuidado para lançar o jogador na hora certa.
Sem contusão, estreia poderia já ter acontecido
O debute de Léo no time profissional azul e branco poderia ter ocorrido em 2011, caso um rompimento em dois ligamentos do tornozelo direito não tivessem tirado o jogador de combate em um período da temporada. A revelação foi feita pelo presidente Gilvan de Pinho Tavares em outubro, logo após sua eleição, ao L!
- As palavras vindas da boca do Gilvan me deixam muito feliz e agora é só esperar a oportunidade – comentou.
O jogador explica que já está totalmente recuperado da lesão e sedento por marcar gols que o levem ao time profissional.
- Vinha numa sequencia boa de três anos sem contusões. Às vezes perdi uma oportunidade no profissional, mas o Cruzeiro não tava tão bem e eu poderia me queimar. Mas já estou recuperado, voltei bem e fazendo gols. Não sinto mais nada, nem tenho receio de jogar.
BATE BOLA:
Lance!: O Cruzeiro procura reforços para o ataque, acha que a solução pode estar dentro do próprio clube?
Léo: Da mesma forma que, para mim, seria uma experiência diferente chegar e jogar no profissional. Acho que para os contratados também seria diferente. Jogar em um clube grande, de torcida forte que cobra. Mas a oportunidade sempre aparece, temos Brasileiro, Copa do Brasil e Mineiro em 2012. Tem muito campeonato, vai precisar de elenco e quando necessitar tem que estar vontade.
Lance!: Qual o segredo do sucesso da base estrelada?
Léo: Acho que é a estrutura do Cruzeiro é diferenciada. Mas uma coisa que conta muito é o apoio da diretoria. Mesmo nos resultados negativos eles apoiam. A linha de trabalho não acaba após uma partida ruim. Ali todo mundo sabe o que quer, todos correndo atrás do sonho. Sempre com pé no chão, mas buscando sempre mais. Jogar no Cruzeiro, fazer historia...
Lance!: Os bons resultados do Santos e São Paulo com garotos da base nos últimos anos dá mais esperança para os meninos do Cruzeiro?
Léo: Sabemos que nunca será aproveitado todo mundo no profissional, mas esperamos, pelo menos, ter a chance de mostrar nosso futebol lá em cima. Nós vemos o Santos e São Paulo, que têm muitos jogadores da base, e eles têm a oportunidade de jogar. Tem jogadores já na Seleção principal, como Neymar, Danilo e Lucas. O Bruno Uvini e o Casemiro estiveram no Mundial Sub-20. Tem que botar para em campo os garotos para ver o que vai dar. Mas isso é um trabalho da diretoria e eles sabem o que é melhor para o clube.
COM A PALAVRA
Raul Plasmann – Coordenador das categorias de base do Cruzeiro
'Acho que o Léo é uma possibilidade para o Cruzeiro em breve. Claro que não se pode prever um futuro, mas a tendência é que ele se torne um bom jogador, ele tem algo diferente dos demais... É uma das promessas. O Pedro Paulo, que está voltando de contusão, é outro diferente na nossa categoria de base. Só que o que vai acontecer, se fizerem a passagem para o profissional de forma prematura, eles vão se arrebentar. Hoje, o Léo está nos juniores e tem idade de juvenil, e ele tem que se adaptar. Ele está sentindo isso, pois são jogadores mais velhos, mais jogados e é preciso fazer essa mudança gradativamente para não se perder em uma passagem prematura'.
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