POR: PC
ALMEIDA
Fala,
Guerreiros!!
Mais
um jogo sofrido, suado. Parecia até que o Cruzeiro enfrentava o Nacional do
Uruguai. Mas não era. Era o Nacional de Nova Serrana. A semelhança com um duelo
contra o time uruguaio mora não na tradição dos novasserranenses, mas sim na
baixa qualidade do time do Cruzeiro. Em outros termos, nós nivelamos por baixo,
complicamos um jogo que poderia ser muito mais fácil.
Tanto,
que no primeiro tempo, até os 25 minutos, o Cruzeiro foi senhor da partida.
Abriu o marcador e pelo volume de jogo, poderia golear. Mas o time caiu de
produção, começou novamente com aquele futebolzinho modorrento contra um
adversário com muita vontade de mostrar serviço. Afinal, ele é composto por
jogadores do Cruzeiro desprezados pelo nosso atual técnico.
Falando
em técnico, Mancini continua insistindo com jogadores que estão muito mal.
Podem me chamar de repetitivo. Paciência. Mas Diego Renan e Leo não dá mais. O
ataque com Anselmo Ramon e Wellington Paulista também não dá certo. É um ou outro.
Os dois juntos não funciona. E o
Wellington Paulista, hein. Tão contestado, vaiado, apedrejado pela torcida (e
eu me incluo nessa) como uma prostituta bíblica, salvou o pescoço do Mancini
quase que literalmente. Quando o Nacional enxergou os pontos fracos do Cruzeiro
e virou o jogo, W.P foi lá e marcou a revirada do placar. Realmente está numa
fase iluminada, o camisa 9. Tomara que ele continue assim também em jogos
maiores, contra adversários importantes. Queime a minha língua, Paulista.
Aliás,
sejamos justos. Mancini acertou uma vez, ao tirar o Roger que perambulava em
campo e colocar o Rudnei. O time voltou a ganhar o meio campo e venceu o jogo.
Méritos para o treinador, que se viu numa situação realmente muito difícil
nesta quente noite de Divinópolis. Também a saída do Diego Renan para a entrada
do Wallyson impulsionou o Cruzeiro pra frente. Marcelo Oliveira deveria assumir
a lateral esquerda, na minha opinião. Insistir com Renan é queimar o jogador,
Mancini. Entenda isso, pelo amor de Deus.
Wallyson
foi responsável pelo gol da pá de cal, fechando o placar em 4 a 2. Ele que
voltou de contusão há pouco e vai ganhando confiança para assumir a
titularidade. Isso, é claro, se o Mancini deixar.
E
Mancini vai ganhando gás e se mantendo no cargo com uma boa dose de sorte, é
verdade. Até quando ele permanece por aqui, não se sabe. Espero que ele possa
rever alguns conceitos e arrumar o time do Cruzeiro de vez. Chega desses sustos
desnecessários, como o desta noite. Pois se não fosse o imponderável, improvável
herói Wellington Paulista, Mancini passaria o carnaval na fila do PIS.
Valeu
pela vitória. Ponto. Mas sejamos realistas, o time está muito instável,
bipolar. Mescla lampejos com apagões, e isso pode ser fatal em jogos mais
importantes.
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