Giovanni e Fábio Júnior defendem, respectivamente, Vitória e América-MG
POR: JOÃO VITOR VIANA
O mundo dá voltas, diria uma música do CPM 22 e é exatamente isso que vivem ídolos celestes da última década. Autor do gol do título da Copa do Brasil de 2000 e cotado como uma das grande promessas dos últimos tempos do Cruzeiro, Giovanni despontou ainda cedo, aos 16 anos, na Copa Centenário. Dono de um potente chute, foi um dos destaques na partida de estréia do Cruzeiro, em 1997, na vitória por 4 a 1 sobre o Benfica-POR, no Mineirão. Jogando com um time mesclado de jovens e reservas, o torneio serviu para que alguns talentos da Raposa explodissem. Um deles foi Giovanni, que três anos depois seria um dos heróis da conquista da Copa do Brasil e, posteriormente, fosse vendido por cifras milionárias ao Barcelona, que pagou 18 milhões de euros por seus direitos.
Não muito atrás dele ficou Fábio Júnior, que despontou em uma partida contra o Cruzeiro, quando defendia o Democrata-GV. Em um jogo que a Raposa fez 2 a 0, viu um tal Fábio Júnior arrebentar com o jogo no segundo tempo, marcando um e dando passe para o segundo. Logo depois do jogo, o Cruzeiro comprou seus direitos por R$ 400 mil, metade pago pela parceira Energil C. Anos depois, Fábio foi um dos melhores jogadores do Campeonato Brasileiro, em 1998, quando o Cruzeiro fez um ano muito bom, sendo vice deste campeonato, assim como da Copa do Brasil e da Mercosul. O excelente desempenho de Fábio chamou a atenção da Roma, da Itália, que pagou US$$ 15 milhões pelo jogador.
Heróis de um passado recente e já ricos, ambos figuram na Série B do Brasileiro. Já trintões, Fábio, com 33, e Giovanni, com 32, irão ser adversários nesse ano, na Série B. O mais velho defende o América e enfrentará o Cruzeiro na próxima rodada do Mineiro. Já Giovanni está no Vitória, clube que apostou em jogadores rodados para voltar à elite do futebol brasileiro, assim como em um técnico que distribuiu a arte em campo e defendeu as cores do Cruzeiro também: Toninho Cerezo.
O tempo tem passado de pressa e ontem mesmo os jovens talentos empolgavam a torcida do Cruzeiro. Hoje, em uma realidade diferente, jogam mais por prazer, por gostarem do que fazem. Financeiramente resolvidos, milhares de reais investidos em Minas Gerais, seja em fazendas, lotes, imóveis, Giovanni e Fábio Júnior continuam aí, firmes e fortes. Recentemente Giovanni marcou o gol da vitória do Vitória sobre o Bahia, quando o seu time venceu por 3 a 2 o clássico baiano. Já Fábio, que completa 34 anos esse ano, continua sendo titular absoluto do Coelho. Ano passado, a torcida pediu a sua volta à Raposa, o que acabou não acontecendo. E nessa realidade seguem os ídolos celestes do passado recente. Na Série B, fazendo o que gostam e desfrutando os últimos anos de suas carreiras. Sorte aos dois, menos na próxima partida no caso do Fábio. Afinal, não queremos ver um ídolo sendo o responsável por nossa derrota, né?
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