Depois de três derrotas seguidas, o Cruzeiro empatou por 1 a 1 com o
Vasco neste domingo, em Varginha, resultado que, para muitos, derrubaria
o técnico Celso Roth. Mas o gaúcho não se entregou e foi para a
entrevista coletiva disposto a defender o seu trabalho. A estratégia foi
mesma dos últimos encontros com os jornalistas: mostrar as limitações
do grupo que dirige.
Especificamente do jogo contra o Vasco, Roth gostou da equipe cruzeirense, principalmente da produção no primeiro tempo. O Cruzeiro saiu na frente, com gol contra de Renato Silva, e teve a chance de ampliar com Wallyson e Wellington Paulista. Mas, ainda na etapa inicial, os cruz-maltinos empataram com Nilton.
Especificamente do jogo contra o Vasco, Roth gostou da equipe cruzeirense, principalmente da produção no primeiro tempo. O Cruzeiro saiu na frente, com gol contra de Renato Silva, e teve a chance de ampliar com Wallyson e Wellington Paulista. Mas, ainda na etapa inicial, os cruz-maltinos empataram com Nilton.
"Acho que
nós poderíamos ter melhor sorte. No primeiro tempo nós fomos melhores e
no segundo tempo as duas equipes sentiram muito fisicamente devido ao
calor. E aí o Vasco, por ser uma equipe que está há mais tempo junta,
teve duas oportunidades claras e nós tivemos uma, ou duas. O jogo ficou
mais perigoso. No primeiro tempo, poderíamos ter definido o jogo e no
segundo tempo o jogo ficou muito igual", destacou o treinador.
Roth ressaltou que, na etapa complementar, sua equipe ainda foi prejudicada pela saída do lateral-direito Ceará, contundido. No lugar, entrou improvisado o volante Lucas Silva.
Roth ressaltou que, na etapa complementar, sua equipe ainda foi prejudicada pela saída do lateral-direito Ceará, contundido. No lugar, entrou improvisado o volante Lucas Silva.
Ao lembrar que só tem Ceará para a lateral direita e não dispõe de
nenhum especialista para o lado esquerdo, onde hoje atua Everton, Celso
Roth deu início ao discurso de defesa do seu trabalho. A todo instante, o técnico gaúcho lembrou que a campanha no Brasileirão é irregular porque o elenco é limitado e não tem lhe dado respostas.
"Eu só tenho um lateral direito e não tenho nenhum lateral esquerdo,
desde o início do campeonato. Numa equipe como o Cruzeiro...é complicado
isso, né? A gente vem administrando as coisas, a gente tem que falar,
porque a gente ouve o torcedor chateado, o torcedor queria a vitória,
nós também, mas não estávamos enfrentando qualquer time não, era o
Vasco, que também está brigando pelo G-4 e que está mais tempo junto",
disse.
O tom da entrevista se manteve exaltado. Roth estava claramente irritado pelo pronunciamento do presidente Gilvan de Pinho Tavares, na sexta-feira, que o colocava na “corda bamba” e condicionava a continuidade do trabalho a uma vitória sobre o Vasco.
Alerta para o torcedor
Celso Roth passou a se dirigir ao torcedor cruzeirense para mostrar que as condições de trabalho no clube hoje são bem diferentes às de alguns anos atrás. “Eu acho que o grupo da Libertadores (G4) é possível, mas é contraditório o que vocês (da imprensa) me perguntam. Vocês têm que olhar um pouquinho o grupo do Cruzeiro que eu peguei, o que está agora. Dos jogadores que nós trouxemos, cinco estão fora, e é contraditório perguntar onde nós podemos chegar. Nós queremos chegar ao título, mas estamos com um trabalho absolutamente desequilibrado. O Cruzeiro está nessa situação de sobe e desce porque precisa se equilibrar, precisa ter uma situação bem mais tranquila no sentido de ter o retorno dos jogadores para eu poder ter opções de manter um esquema de trabalho, um esquema em que os jogadores possam produzir”.
Para o treinador, o Cruzeiro tem hoje um grupo médio e o torcedor não pode cobrar dele, Roth, um time tão competitivo como os de 2008, 2009 ou de 2010. “A gente fica ouvindo o torcedor xingar, e o torcedor tem que ter a noção da realidade que nós vivemos, da realidade do Cruzeiro. Como eu gostaria de estar trabalhando no Cruzeiro com o time de cinco anos atrás, de dois, três anos atrás, que disputou a Libertadores. Mas não, o Cruzeiro se modificou todo, tecnicamente e administrativamente. As diretrizes do Cruzeiro mudaram. O torcedor tem que saber disso, que o treinador está administrando todas essas coisas”.
Ao ser indagado pela segunda vez sobre o que esperar do Cruzeiro no Brasileirão, Roth declarou que, no início da competição, a opinião pública mineira temia o rebaixamento à Série B com base nas limitações do elenco e no novo perfil de contratação da diretoria.
Diante disso, Roth considera a campanha atual muito positiva. “A gente não pode enganar o torcedor, ele é muito inteligente. Ele pode ser passional na hora do jogo, mas ele enxerga. Nós temos muitas dificuldades. Temos que continuar trabalhando, os jogadores se esforçaram muito hoje, estão de parabéns pelo jogo que fizeram, mas o nosso objetivo é sempre aquele. Temos que chegar ao máximo, que é o título. Está difícil, está. Vamos ver se a gente consegue uma campanha razoável. Vocês todos disseram aqui, no início do campeonato, publicamente, que o Cruzeiro iria cair. Vocês todos. E o Cruzeiro está lá, se mantendo, vai a oitavo, vai a sexto, vai a quinto, já esteve liderando e isso é que é o mérito do trabalho, é ter convicção no trabalho, ter convicção nas ideias. Não está como o torcedor quer e como nós queremos, mas estamos trabalhando”.
No clube, Roth tem aproveitamento de 46,66%, com dez vitórias, cinco empates e dez derrotas.
O tom da entrevista se manteve exaltado. Roth estava claramente irritado pelo pronunciamento do presidente Gilvan de Pinho Tavares, na sexta-feira, que o colocava na “corda bamba” e condicionava a continuidade do trabalho a uma vitória sobre o Vasco.
Alerta para o torcedor
Celso Roth passou a se dirigir ao torcedor cruzeirense para mostrar que as condições de trabalho no clube hoje são bem diferentes às de alguns anos atrás. “Eu acho que o grupo da Libertadores (G4) é possível, mas é contraditório o que vocês (da imprensa) me perguntam. Vocês têm que olhar um pouquinho o grupo do Cruzeiro que eu peguei, o que está agora. Dos jogadores que nós trouxemos, cinco estão fora, e é contraditório perguntar onde nós podemos chegar. Nós queremos chegar ao título, mas estamos com um trabalho absolutamente desequilibrado. O Cruzeiro está nessa situação de sobe e desce porque precisa se equilibrar, precisa ter uma situação bem mais tranquila no sentido de ter o retorno dos jogadores para eu poder ter opções de manter um esquema de trabalho, um esquema em que os jogadores possam produzir”.
Para o treinador, o Cruzeiro tem hoje um grupo médio e o torcedor não pode cobrar dele, Roth, um time tão competitivo como os de 2008, 2009 ou de 2010. “A gente fica ouvindo o torcedor xingar, e o torcedor tem que ter a noção da realidade que nós vivemos, da realidade do Cruzeiro. Como eu gostaria de estar trabalhando no Cruzeiro com o time de cinco anos atrás, de dois, três anos atrás, que disputou a Libertadores. Mas não, o Cruzeiro se modificou todo, tecnicamente e administrativamente. As diretrizes do Cruzeiro mudaram. O torcedor tem que saber disso, que o treinador está administrando todas essas coisas”.
Ao ser indagado pela segunda vez sobre o que esperar do Cruzeiro no Brasileirão, Roth declarou que, no início da competição, a opinião pública mineira temia o rebaixamento à Série B com base nas limitações do elenco e no novo perfil de contratação da diretoria.
Diante disso, Roth considera a campanha atual muito positiva. “A gente não pode enganar o torcedor, ele é muito inteligente. Ele pode ser passional na hora do jogo, mas ele enxerga. Nós temos muitas dificuldades. Temos que continuar trabalhando, os jogadores se esforçaram muito hoje, estão de parabéns pelo jogo que fizeram, mas o nosso objetivo é sempre aquele. Temos que chegar ao máximo, que é o título. Está difícil, está. Vamos ver se a gente consegue uma campanha razoável. Vocês todos disseram aqui, no início do campeonato, publicamente, que o Cruzeiro iria cair. Vocês todos. E o Cruzeiro está lá, se mantendo, vai a oitavo, vai a sexto, vai a quinto, já esteve liderando e isso é que é o mérito do trabalho, é ter convicção no trabalho, ter convicção nas ideias. Não está como o torcedor quer e como nós queremos, mas estamos trabalhando”.
No clube, Roth tem aproveitamento de 46,66%, com dez vitórias, cinco empates e dez derrotas.
FONTE: SUPERESPORTES
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