POR: MARCÃO ANTI-GALO
Pode chover, fazer sol, nevar. Nada vai tirar Roth do Cruzeiro. Razões? Nenhuma explicada. A mais provável: uma multa rescisória que permite ao treinador receber, além do salário, um acréscimo por deixar o clube antes do fim da competição. Ninguém fala no assunto e Roth, nas entrelinhas, deixou isso no ar. "Isso é assunto entre eu e a diretoria", afirmou a um repórter após o vexame contra o Santos.
Mensalmente, especula-se, Roth recebe cerca de R$ 300 mil. Não bastaria ao clube, portanto, pagar os vencimentos até o final do ano, que seria o dobro da quantia. Para dispensá-lo, ou seja, romper unilateralmente o contrato, o clube deveria arcar com mais um ônus, próximo a R$ 500 mil. E isso o Cruzeiro não quer. Acha que pode correr o risco.
Diante de situação, pode Roth falar o que quiser. Até a última rodada, quando o Cruzeiro pega o Atlético, é ele quem vai estar á frente do clube. Mandando, desmandando, falando o que pensa sem sequer ser questionado. O Cruzeiro, até lá, será dele, ao que parece. Já foram várias indiretas à administração, à diretoria, aos próprios jogadores e nenhuma contraprestação aconteceu. A diretoria se mantém inerte e deixa Roth no comando para não arcar com mais despesas.
E Roth tem feito um papel ridículo à frente do clube. Além de demonstrar o quanto não quer ficar, está atrapalhando o time, fazendo misturebas sem sentido, trocando jogadores nem o menor nexo e deixando o torcedor cada dia mais nervoso. E ninguém faz nada! Nenhum diretor toma as rédias da situação.
Pelo andar da carruagem, nada está seguro ao Cruzeiro. Do jeito que está, vai perder todos os últimos jogos. Os jovens não entram em campo, somente os amigos do técnico. Alguns sumiram até do banco, como Lucas Silva. A torcida pede Élber e ele me põe Fabinho em campo. Sinceramente, o Cruzeiro mais parece uma terra de ninguém que um clube que em outrora foi campeão da Libertadores. Hoje não há comando técnico nem diretivo. E, ao que parece, ninguém bate de frente com Roth. Por picuinha. Acorda, Cruzeiro!
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