MARCELO OLIVEIRA TERÁ POUCO TEMPO PARA MOSTRAR SERVIÇO E UMA DURA TAREFA DE CONVENCER TORCEDORES

POR: RAPOSO SENSATO

Agora é fato: Marcelo Oliveira será o técnico do Cruzeiro em 2013. Contra tudo e contra todos, Gilvan banca o nome do treinador, que também se diz competente para dirigir o Cruzeiro e fazer o time voltar às glórias. Marcelo Oliveira chega com discurso bonito, motivado. Mas para convencer o torcedor do Cruzeiro vai precisar muito mais que isso.

Marcelo Oliveira se diz julgado antes da hora e que o torcedor verá um time bem diferente em 2013. Mas ele terá uma tarefa complicadíssima e um fator preponderante: o tempo. Por ser um profissional com passado no time rival, a paciência será bem menor. Ele entra num fogo cruzado, num tiroteio de muitas balas perdidas. Veremos um treinador sem paz para trabalhar e, ao contrário do que o sempre equivocado Gilvan falou, ele não é apoiado pela torcida. Mais de 80% da torcida não o queria no comando do Cruzeiro. Para muitos, seria como ter Kalil como presidente. Deixar o Cruzeiro na mão de um atleticano é muito mal visto pelo cruzeirense.

E convencer o torcedor em pouco tempo é a tarefa de Marcelo. Terá que montar um time forte. Não poderá ser um trabalho para formar jogador, para revelar atleta, para estruturar o time. Terá que ser um trabalho com resultado. E ele terá, de cara, um desafio difícil, que é estrear em clássico, justamente contra o time que defendeu por anos.

O torcedor do Cruzeiro não vai apoia-lo e ele terá que mostrar que não veio aqui para passear. O torcedor não acredita em seu trabalho, o que o torna muito mais difícil e até uma desculpa antecipada se as coisas não derem certo. 

Mas agora é torcer para que o torcedor esteja errado e para que Gilvan, o presidente que sempre se julga o dono da razão, estar certo. Esse ano deixaram o Cruzeiro nas mãos da pessoa errada e Roth teve que vir para não fazer o Cruzeiro cair. 

O Cruzeiro não é Coritiba, é muito maior, tem história, tem dignidade, tem curriculo. Já Marcelo, terá que fazer o seu curriculo. Até hoje, com 57 anos, o que ele fala sempre é da campanha no Coritiba, com vitórias seguidas e um título regional. Não tem Copa do Brasil, não tem Libertadores e nada mais. O Cruzeiro surge como o clube para dar o curriculo a ele. E a torcida queria justamente o contrário: alguém que chegasse com moral, com história, para fazer o clube novamente vencedor. Vamos ver e torcer para que oito milhões de torcedores estarem equivocados de forma antecipada.