quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

EVERTON DESCARTA O MEIO-CAMPO. "EFEITO BELLETTI"?


POR: RAPOSO SENSATO

Everton, agora, não é mais volante.

Optou por lutar apenas pela lateral-esquerda, posição que foi improvisado em 2012 por Celso Roth.

No meio há uma concorrência até certo ponto cruel.

Na lateral, uma briga com Egídio, que veio como especialista da posição.

Uma disputa mano-a-mano.

Antes disputar com apenas um que com seis, sete.

E Everton viu que, para jogar no meio e correr o risco de ser vaiado, o que aconteceu muito em 2012, ou jogar na lateral, onde surpreendeu e jogou muito, o melhor é não inventar.

Optou por jogar somente na lateral.

"Esqueci o meio", ele disse.

Fez bem.

Isso parece algo que chamo de "Efeito Belletti".

O ex-jogador de Cruzeiro e São Paulo também era volante.

Ao contrário de Everton, não era vaiado.

Surgiu como uma grande promessa e vestia a camisa 5 do Cruzeiro.

Naquela história troca de 2 por 5 que o Cruzeiro fez com o São Paulo, ele foi um dos dois que vestiram a camisa tricolor.

O outro foi o lateral-esquerdo Serginho.

Dois ótimos jogadores do Cruzeiro. 

Mas os cinco que vieram em troca foram responsáveis pela conquista da Copa do Brasil de 96 e Libertadores de 97.

Mas o que quero dizer, comparando Everton a Belletti não diz respeito à negociações.

Diz respeito à adaptação.

O São Paulo precisava de um lateral-direito e Levir Culpi deslocou Belletti para o setor.

Ali o cara foi feliz.

Entrou para nunca mais sair.

Também esqueceu o meio-campo.

Foi jogar na lateral.

Jogou no Barcelona, no Chelsea. 

E muito bem.

"Efeito Belletti"?

Talvez.

Primeiro passo: esqueceu o meio.

Segundo passo: desenvolver o seu futebol.

Terceiro passo: jogar muito e se destacar.

Quarto passo: estourar e ainda sonhar com um mercado escasso de laterais pelo mundo.

Não quero comparar os dois.

Mas, ao menos, coincidências entre eles há. Há, se há.


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