Uma série de empréstimos tomados a juros supostamente abusivos levou o Ministério Público de Minas a pedir à Justiça do estado a quebra do sigilo bancário e fiscal do presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, e de três ex-mandatários do clube - Ricardo Guimarães, dono do BMG, Nélio Brant, ex-diretor dos bancos Rural e BMG, e Ziza Valadares, ex-deputado federal e atual diretor de comunicação da Light, no Rio.
Solicitado em janeiro de 2012, o pedido se refere ao período de janeiro de 1998 a dezembro de 2006 e foi estendido ao ex-assessor especial da presidência, Hissa Elias Moyses, consultor de área esportiva do BMG, e a cinco empresas, incluindo a Erkal Engenharia Ltda., de propriedade de Alexandre Kalil.
Na petição, o MP justifica ser necessário o acesso às informações bancárias e fiscais para instruir uma investigação de enriquecimento ilícito através de agiotagem em empréstimos contraídos pelo clube de futebol. Sem crédito naquela época, o Atlético teve de recorrer a integrantes da diretoria para conseguir dinheiro.
Em entrevista, Alexandre Kalil admitiu ter emprestado dinheiro para o clube - pessoa física e jurídica -, mas negou que as transações tiveram taxas acima do mercado.
- Naquela época, o Atlético estava em um situação financeira muito difícil, não tinha crédito no mercado. Então, eu e outras pessoas da diretoria tomávamos o dinheiro no banco para emprestar para o Atlético. Estou tão tranquilo quanto a isso que não constitui nem advogado para me defender. Para você ver o meu nível de preocupação - disse Kalil, que afirmou possuir documentos que comprovam que os empréstimos não lesaram os cofres do clube. Por fim, ele desafiou o MP a encontrar qualquer irregularidade em suas contas. - Já foi tudo analisado pelo Conselho Fiscal e por auditorias. Gostaria que a Justiça tivesse autorizado as quebras. Foi tudo aprovado.
Segundo o MP, o empréstimo era tomado pelos dirigentes e, posteriormente, o recurso era repassado ao clube com juros acima de mercado. Somente numa operação, o empresário Alexandre Kalil, pessoa física, emprestou R$ 1 milhão e recebeu R$ 1,07 milhão após seis dias, o que equivale a juros de 35% ao mês, proporcionalmente. Sua firma, a Erkal Engenharia, contraiu 12 empréstimos e repassou para o Atlético cobrando taxas consideradas abusivas, entre junho de 2000 e outubro de 2005.
O ex-presidente Ziza Valadares alegou que não cabe ao Ministério Público discutir contas de time de futebol, por não se tratar de dinheiro público.
- Isso cabe ao Conselho Fiscal. E não houve reclamação de ninguém - disse.
Por meio de assessoria de imprensa, Ricardo Guimarães e Hissa Moysés informaram que não vão se manifestar sobre o assunto. O ex-presidente Nélio Brant não foi localizado. A assessoria do BMG alegou não ter o contato dele.
FONTE: O GLOBO
COMENTÁRIO DA NOTICIA - MARCÃO ANTI-GALO
Isso só mostra que a torcida acredita muito em conto de fadas e acaba sendo iludida sobre uma administração. Não estamos aqui para falar do nosso rival, que não tem história e estamos pouco nos lixando para eles. No entanto, quando há coisas obscuras, que é o que parece estar ocorrendo, a gente comenta um pouco para não deixar passar. A imprensa mineira não vai ficar divulgando isso, porque não tem o menor interesse em ferir os sentimentos do presidente do clube dela. Então cabe a nós falar a respeito. Acredito que o presidente machão tenha feito "das tripas coração" para conseguir crédito para esse time, que não tinha (e na minha opinião, não tem ainda) fama de bom pagador e que, quando sair, em 2015, parece, vai deixar o time afundado em lama e em uma crise financeira sem precedentes. Se o presidente, que torce com afinco por seu time, emprestou dinheiro ao clube e cobrou juros abusivos, imagina aquele que não é tão atleticano assim? E fora vários. Se o presidente hoje desmente que o clube dele deve próximo dos R$ 500 milhões, veremos em 2015. Acredito em algo próximo ao dobro disso. Se eles pagam R$ 200 mil para Araújo, imagina para o restante do time? O futuro desse time é negro. Nada de alvinegro...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Palavrões, palavras preconceituosas ou posicionamentos políticos serão removidos. Os torcedores do rival que não têm o que fazer e que sentem incomodados com o Cruzeiro são bem-vindos. A gente entende a carência deles...
Já para pessoas loucas, que adoram postar pensamentos e acham que aqui é um muro de lamentações, um recado: acabou a farra!
Recomendamos uma terapia ou psiquiatra