POR: RAPOSO SENSATO
Dois anos e meio para montar uma estrutura pareceu pouco tempo para planejar um estádio, sua estrutura e suas dependências.
Na reabertura, o caos se instalou.
Água faltou, banheiros sem papel higiênico, sem luz.
Bares fechados.
Os que abriram, vendendo cerveja sem álcool a R$ 8, tropeiro a R$ 12.
Fora o estacionamento: R$ 30.
Fora o alto custo, ninguém tinha informação de nada.
Os tais "posso-ajudar" não sabiam sequer os próprios nomes.
O que estavam fazendo ali, muito menos.
Passeavam pelo estádio quase em caravana.
Fila indiana.
Não falavam com ninguém.
Fizeram papel de bobos.
Como os jornalistas que não conseguiram entrar durante o primeiro tempo do jogo entre Cruzeiro e Atlético.
Profissionais que depois que adentraram ao estádio, com a tal credencial de papel da Minas Arena, observaram haver mais de 100 lugares vagos e torcedores e crianças no meio da imprensa.
Torcedor e imprensa tratados como lixo.
E isso foi pensado em dois anos e meio.
Querem corrigir tudo para quarta-feira.
Alguém acredita que em três dias tudo vai mudar da água para o vinho?
Prefiro ser cético a tomar outra "bordoada".
Espero tão somente que haja o mínimo.
O ingresso continua alto, os custos também.
Vamos ver se o jogo de quarta será possível de se assistir os 90 minutos.
Para mim, mais um teste.
Um teste de paciência.
De uma paciência que se esgota a cada minuto.
É inadimissível ver um estádio perfeito entregue a amadores que acabaram com toda uma estrutura.
E que, como brasileiros, tentarão dar aquele "jeitinho" para consertar o que foi feito de forma aporcalhada.
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