POR: MARCÃO ANTI-GALO
No Brasil, há interferência jurídica em quase todos os seguimentos. Talvez, até em todas as áreas. Contudo, no esporte, aos poucos, instaura-se uma ditadura. Não pode jogar copo no gramado que é perda de mando de campo; não pode fazer isso ou aquilo que o clube é multado. Agora, a moda é procurador se intrometer e querer tirar o doce da boca dos clubes pequenos.
Isso porque foi combinado que as partidas das semifinais serão em Belo Horizonte. Que mal há nisso? Os clubes menores não podem ter o direito de ganhar um dinheiro a mais? Só os grandes tem esse poder? Parafraseando uma música recente, "os grandes sobem e os pequenos descem"? É assim que funciona? Quem tem muito, tem que ganhar mais e quem tem pouco tem que ganhar menos? Criar-se um abismo cada vez maior entre a grande equipe e aquela que quer ser ao menos média? Errado intervir e o interesse do clube deve ser levado em consideração.
Um procurador, na tarde de ontem, ingressou com uma medida judicial com o intuito de cancelar o acordo feito entre os clubes, as partes interessadas da história. Para o tal procurador, há uma inversão de mando dos jogos e isso seria ilegal. Tombense e Villa aceitaram mandar seus jogos no Independência. Se o Mineirão estivesse liberado na data, seria este o escolhido. Mas como segunda opção, ficou o estádio do Horto. Motivo: melhor renda. Algo lógico? Sim. Mas não para o procurador, que parece querer aparecer mais do que qualquer outra coisa. Deve ser o único mobilizado para isso. Para mim, uma palhaçada!
À uma rádio de Belo Horizonte, o procurador, autor da ação, afirmou que "existe uma previsão e o que está ocorrendo é o contrário, sendo uma inversão de mando de campo, que exige uma série de providências. Alem disso, a inversão de mando de campo é ilegal, é proibida", afirmou. Caberá ao TJD decidir sobre a questão. O caso pode até gerar suspensão dos jogos de ida do Campeonato Mineiro, por falta de tempo hábil.
Infelizmente, o princípio da razoabilidade, tão invocado no Direito, não é acolhido por algumas pessoas do próprio Direito. Querer que Villa Nova e Tombense recebam semifinais em seus campos, para ser lucrativo, o ingresso deveria custar entre R$ 500 e R$ 1000, se comparados ao Mineirão e mesmo ao Independência. A semifinal é vista pelos dois times como a salvação financeira do ano. Para clubes pequenos, uma renda de R$ 600 mil ou mais é mais do que eles recebem durante todo o ano em suas bilheterias. Acredito que o procurador deveria algo mais importante para fazer que ficar protocolando aquilo que somente ele tem em mente. Imagine se cada procurador impetrar uma ação quando sentir que algo não é legal? Aí sim criar-se-á uma instabilidade jurídica muito grande.
Na minha visão, essa atitude do procurador só vem a prejudicar o campeonato e, caso realmente o TJD acolha os argumentos do senhor procurador, aí sim os times pequenos estarão perdidos. E pelados com a mão no bolso...
Esta confirmado, os jogos serão no interior, ridículo esse procurador, babaca, otário, mane, aparecendo e conseguiu, por isso tem que acabar com esse ridículo campeonato mineiro!!!
ResponderExcluirTúlio