POR: MARCÃO ANTI-GALO
Não foi o resultado que o torcedor queria no início, mas acabou sendo o resultado que a torcida torcia, ao menos, no fim da partida. O Cruzeiro empatou com o Cerro Porteño por 1 a 1 e agora tem que vencer fora de casa ou empatar com gols para passar às quartas-de-final.
O Cruzeiro começou bem, mas desperdiçou as chances criadas. A bola mal chegava ao goleiro Fábio. Parecia que o jogo se tornaria ataque contra defesa. O Cerro se portava como um time que veio para perder de pouco, esperando uma ou outra chance de encaixar um contra-ataque. Passando o tempo, o Cruzeiro foi dando espaço e o Cerro acreditando mais em si. Deve ter pensado: "Esse bicho não é tão feio quanto parece". Começou a investir. E na segunda tentativa, acabou inaugurando o placar aos 31min do primeiro tempo, com Angel Romero.
O Cruzeiro, a partir daí, mostrou-se nervoso, às vezes, cansado. A partir dos 15min do segundo tempo, juntou tudo isso a um princípio de desespero. Afinal, o time e a torcida acreditava em uma vitória e o empate, sequer, estava perto. Chutes para o alto, lançamentos errados, domínios de bola equivocados. Nítido cenário de um time que buscava, mas parecia não ter mais pernas nem técnica para chegar.
No sufoco, no abafa, o empate saiu no finalzinho, com Samudio, de pé direito, aos 48min. Para quem crê em fatos curiosos, a cena mostra um contrassenso. O resultado mantém o Cruzeiro vivo e com possibilidades boas de classificação. Mas o Cruzeiro, ontem, não foi Cruzeiro. Que a mente se volte para o jogo de volta, que o foco seja na vitória. O empate não foi bom, mas que teve um sabor de alívio ao final do jogo, isso teve.
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