Se o goleiro Fábio não levar nenhum gol contra o Cerro
Porteño-PAR, na noite desta quarta-feira, no Mineirão, o capitão celeste igualará
uma marca histórica. A equipe celeste está há quatro jogos sem ser vazada
(Universidad de Chile, Atlético-MG, Real Garcilaso e Atlético-MG). Caso o time
paraguaio não balance as redes, o goleiro vai repetir sua maior sequência debaixo das
traves do Cruzeiro, que foi em 2012, quando a equipe comandada por Adílson
Batista ficou cinco jogos sem sofrer gols.
Fábio não sabia da marca que pode alcançar contra o Cerro
Porteño, nesta quarta-feira, no Mineirão, às 22h (de Brasília), pelo jogo de
ida das oitavas de final da Libertadores. O goleiro acredita que o período sem levar gol dá
confiança para o sistema defensivo e para a equipe como um todo. O capitão celeste
dividiu o mérito com todo o time comandado por Marcelo Oliveira.
- É sempre bom não tomar gols, a gente sempre busca
alcançar esses reconhecimentos. Agora esse número é novidade, eu não sabia, até
porque não me atenho muito a isso. Sabemos que é difícil, e não depende só de
mim não tomar gol, mas sim do grupo todo, cada um fazendo a sua função
concentrado em todos os aspectos, para que não sejamos pegos de surpresa. Ficar
esse tempo todo sem tomar gol concretiza o trabalho de todos, e que a gente possa
estender essa marca. A gente fica muito feliz com o desempenho de todos na
defesa, recompondo a marcação. É um trabalho que o entrosamento é fundamental
para confiamos um no outro.
Em nove anos de clube, Fábio teve quatro boas sequências de
jogos sem levar gols. Em 2005, duas vezes, em 2009 e em 2010, o goleiro celeste
ajudou o Cruzeiro a manter o time sem levar gols durante quatro jogos seguidos.
A marca já foi igualada com o empate sem gols contra o Atlético-MG, no último
domingo, no Mineirão, que deu o título do Campeonato Mineiro 2014 à Raposa.
A maior sequência de Fábio sem tomar gols com camisa do
Cruzeiro foi no ano de 2012, com cinco partidas. As partidas foram
válidas pelo
Campeonato Mineiro e pela Copa do Brasil. No dia 16 de fevereiro daquele
ano o
Cruzeiro venceu o Nacional-MG, em Divinópolis, por 4 a 2. Depois disso,
foram vitórias de 2 a 0 sobre o Democrata, de Governador Valadares, 2 a 0
sobre o
América, de Teófilo Otoni, 6 a 0 sobre o Rio Branco, do Acre (jogo
válido
pela Copa do Brasil), 2 a 0 sobre o Villa Nova-MG e uma goleada por 5 a 0
sobre
a Caldense, em Poços de Caldas. Na sequência, no dia 25 de março de
2012, a Raposa
bateu o América-MG por 2 a 1, na Arena do Jacaré, e Fábio levou um gol
de
Alessandro ao 21 minutos do primeiro tempo, que acabou com a
invencibilidade.
Nesta temporada, Fábio soma quatro partidas sem ser vazado.
A última vez foi contra o Boa Esporte, pelo segundo jogo da semifinal do
Campeonato Mineiro, no Mineirão, quando o goleiro tomou um gol de falta de
Mateus. Depois disso, a equipe celeste teve dois empates sem gols com o
Atlético-MG, pela final do estadual, e duas vitórias na Libertadores, contra o
Universidad de Chile, por 2 a 0, e contra o Real Garcilaso, também por 2 a 0.
Fábio x Cerro Porteño
Cruzeiro e Cerro Porteño se enfrentaram apenas uma vez na
história, em 2008. O confronto ficou marcado por cenas lamentáveis na partida
do Defensores del Chaco, em Assunção, pela Libertadores e Fábio estava
presente. O jogo foi válido pela primeira fase da competição sul-americana,
chamada de pré-Libertadores. A primeira partida aconteceu no dia 30 de janeiro
de 2008, no Mineirão. O time celeste venceu por 3 a 1, com dois gols de Ramires
e um de Marcelo Moreno.
No jogo da volta, em Assunção, o Cruzeiro saiu na frente do
placar com um gol de Thiago Heleno, aos cinco minutos do primeiro tempo. No
final da primeira etapa, Alvaréz empatou um chute na saída do goleiro Fábio,
aos 42’. No segundo tempo, Ramires sofreu um pênalti que Marcelo Moreno
converteu com precisão. Em um cruzamento de Wagner, Ramires ampliou para o time
mineiro, mas o Cerro diminuiu, novamente com Alvaréz.
No entanto, por volta dos 25 minutos do segundo tempo o
jogo teve um triste desfecho. O árbitro chileno, Carlos Chandia, que já havia
paralisado o jogo por questões de segurança, deu a partida por encerrado porque
a torcida paraguaia arremessava pedras e garrafas no gramado. Como já haviam se
passado mais de dois terços do tempo de jogo, o resultado de 3 a 2 para o
Cruzeiro foi mantido e o time mineiro avançou para a fase grupos. Naquele ano,
a Raposa foi eliminada nas oitavas de final pelo Boca Juniors.
FONTE: GLOBOESPORTE
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