POR: JOÃO VITOR VIANA
Quem foi ao Mineirão na noite de quinta-feira, saiu aliviado. A sensação foi também de felicidade pelos três pontos, mas a voz tendeu a sumir durante a partida, seja pelas cenas bisonhas praticadas pela equipe do Bahia, que retardou o jogo enquanto pôde, seja pela péssima arbitragem ou seja pelo nervosismo do Cruzeiro. Diante do Bahia, o Cruzeiro, não sabe-se o porquê, ficou, sim, nervoso.
Passes próximos sendo errados, bolas na trave, erros de marcação. Tudo isso teve no primeiro tempo pelo lado celeste. Pelo lado baiano, um comportamento de time pequeno, recuado, jogando no contra-ataque, mas principalmente por protagonizar cenas de péssimo gosto. No futebol, aliás, isso tem sido algo frequente, o que diminui o espetáculo. Jogador se joga no chão, exige que o adversário jogue a bola para fora para que ele se levante. Um antijogo completo, pois em nada teria que acontecer aquela cena ridícula. E o pior é que o árbitro do jogo compactuou com isso.
Mas quem tentou cozinhar o jogo, acabou cozido. Apesar de sair na frente, com o gol do "Xodó da Vovó", o Bahia levou o troco. Primeiro, com Everton Ribeiro, de pênalti. Depois com Ricardo Goulart.
Enfatizo que a partida foi para testar cardíacos. Marcelo Moreno esteve irreconhecível, assim como Mayke, que defensivamente e também no ataque, foi um desastre. No final, Fábio também levou o torcedor à loucura ao começar a repor bolas equivocadas e propiciar contra-ataques baianos.
Sai de campo rouco, confesso. Feliz, claro, pela vitória. Mas o Cruzeiro não pode se comportar assim, principalmente enfrentando o lanterna e em casa. Parecia que os atletas já estavam pensando no jogo contra o São Paulo e acreditavam que poderiam fazer o gol a qualquer momento. A torcida também ficou devendo. Incentivou pouco, esteve em número pequeno (pouco mais de 20 mil). Parecia que a torcida também acreditava que seria uma goleada. Não foi. Foi um jogo tenso, que não precisa ser assim.
O Cruzeiro é time grande, é líder e temos que estar sempre juntos. E justamente querendo que ele jogue bem, honrando a posição que está na tabela, é que queremos um time sempre para cima, acertando, criando, entusiasmando, como vem sendo a tônica desde o ano passado. Sabemos que não serão todos os jogos as mil maravilhas. Mas hoje o time esteve longe de ser aquele que estamos acostumados a ver.
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