POR: JOÃO VITOR VIANA
2 a 0. Não, de forma alguma era isso que queríamos. Mas foi o que aconteceu. Um cenário criado, polêmicas dos dos lados, mas em campo, o Cruzeiro, ao meu ver, não entendeu o motivo de estar ali. Era uma final! E os jogadores celestes se postaram como se estivesse jogando um amistoso. Não jogaram nada. Destaco apenas Fábio, que fez duas defesas no segundo tempo. Só.
O jogo que parou Minas Gerais e trouxe os olhares do Brasil para Minas foi disputado. Mas de poucas chances. No primeiro tempo, uma de cada lado. No segundo duas para o nosso rival. A gente criou pouco, não soubemos jogar como um time que busca o título. O que aconteceu? Faltou gana.
Levamos o primeiro gol, impedido, e o segundo, em falha individual. Vamos culpar a arbitragem? Não. Por que? Porque se o Cruzeiro tivesse jogado alguma coisa, a gente lamentaria o "fato causador da discórdia". Mas não foi isso que determinou o placar. Foi a falta de compromisso. O Cruzeiro simplesmente não jogou. Errou em demasia nos passes, criou pouco. Talvez não merecesse perder por 2 a 0, porque o lado de lá também não criou muito. Mas vencer, de forma alguma.
Não foi como a gente esperava. Longe disso. Pouco criativo, afobado, dando espaços para o adversário, o Cruzeiro jogou mal, permitiu o adversário de crescer, de aproveitar as poucas chances criadas e de abrir uma vantagem razoável para o segundo jogo. A derrota por 2 a 0 não traduziu muito o que foi a partida, que teve do lado de lá um time mais aguerrido, que entrou mais motivado, mais mobilizado, mas que também criou pouco, mas foi mais eficiente. Hora de pensar no jogo de domingo e depois se mobilizar por completo na grande final, no Mineirão. Gritar eu acredito? Não sei. Se preciso, grito. Mas antes disso é preciso que o Cruzeiro tenha consciência de que isso é possível.
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