A hora é de comemorar para a torcida e os jogadores do Cruzeiro.
Tetracampeão do Campeonato Brasileiro, título conquistado na vitória por
2 a 1 sobre o Goiás, a equipe celeste vai festejar a conquista no
próximo domingo, no Mineirão. O clube planeja uma grande
festa no jogo contra o Fluminense, que marcará a entrega
das faixas e taça de campeão brasileiro. A principal novidade é que os
jogadores e a comissão técnica irão desfilar de carro aberto até o
Gigante da Pampulha e deverão ser acompanhados por milhares de
torcedores celestes.
- É um jogo que estamos
encarando como momento de festejar o tetracampeonato do Cruzeiro. Nós
queremos levar um clima de festa para o estádio. Nossa intenção é de, já
na chegada dos jogadores, já ter esse clima. Os jogadores
vão chegar em carro aberto, vão fazer o percurso da Toca da Raposa I até
o Mineirão. No estádio, vamos preparar uma recepção com
show pirotécnico. Queremos que os jogadores entrem um a um, vamos
colocar faixa, vamos aproveitar o momento para
fazer a foto oficial do título. Vamos distribuir cerca de 150 mil itens:
balões, escudões, bonés. E vamos fazer também uma exposição de todos os
troféus do Cruzeiro na esplanada do Mineirão - detalhou a programação o diretor de marketing do clube celeste, Marcone Barbosa.
A
festa, em si, ocorrerá apenas dentro do Mineirão, diferentemente do que
foi planejado no ano passado, quando estavam previstos shows nos
arredores. Mas, por causa de um confronto entre organizadas do clube
celeste, o evento foi cancelado para a tristeza dos cruzeirenses que
compareceram ao Gigante da Pampulha.
Recorde de arrecadação
O sucesso e a
conquista de títulos têm acontecido muito por causa do
programa de sócios torcedores. E as vitórias em campo têm se refletido
nos ganhos financeiros. A Raposa comemora um crescimento de quase 50% do
programa em 2014. Neste ano, o número de sócios saltou de 45 para 66
mil torcedores. A arrecadação de
R$ 70 milhões no ano passado deve chegar à casa dos R$ 100 milhões em
2014, o que dará R$ 75 milhões líquidos.
Explica-se: segundo o Cruzeiro, do arrecadado com bilheteria, o time
celeste fica com algo em torno de 60 a 70%, descontadas
as despesas, impostos e a parte que cabe à Minas Arena. Do valor
recebido com o programa de sócios, 25% é destinado às despesas de
manutenção do próprio programa.
O valor estipulado é apenas uma perspectiva, já que o Cruzeiro ainda tem um jogo a fazer, e o sócio do
futebol ainda tem a mensalidade de dezembro para ser debitada. Até o
momento, são R$ 47 milhões de bilheteria e
39 milhões com mensalidades. Somados às premiações, um total de R$ 96,8
mi bruto. Com a receita do jogo do próximo domingo
e as mensalidade, a Raposa deve ultrapassar os
R$ 100 milhões.
Marcone Barbosa explica que essa arrecadação de R$ 100 milhões
leva em conta os valores levantados nas bilheterias dos jogos,
as mensalidades pagas pelos sócios do futebol
e as premiações por conquistas (o Cruzeiro recebeu R$ 9 mi por ser
campeão do Brasileirão e R$1,8 mi pelo vice na Copa do Brasil, por exemplo).
- Hoje, o sócio do futebol do
Cruzeiro já esta com 66 mil registrados. No ano passado, a arrecadação que
tivemos com bilheteria, sócios e premiações pelas conquistas superou a
casa dos 70 milhões. Foi maior que a arrecadação
que nós temos com televisão, por exemplo, que é uma das maiores receitas
do clube. Este ano, esse número pode chegar à casa dos 100 milhões - explicou.
Muito trabalho pela frente
Segundo o diretor,
atualmente 70% do público que comparece ao Mineirão é de sócios do
futebol. A pretensão celeste é de, em breve, talvez no final do próximo
ano, ou início de 2016, atingir um patamar em que os ingressos
sejam vendidos apenas para sócios. A Raposa sonha, também, em manter o
índice de crescimento, conseguindo, talvez, chegar aos 100 mil sócios
na próxima temporada.
- Se experimentarmos o mesmo
crescimento no ano que vem, de 50%, o que era projeção do presidente de,
em 2021, ter 100 mil sócios, pode acontecer já no ano que vem. Se
tivermos a mesma taxa. Em resumo, tivemos maior
número de adesões, um número muito bom de adesões, e também um
crescimento de arrecadação - afirma Marcone que, apesar disso, acredita
que o clube ainda tem muito o que fazer para aumentar mais ainda o
número de adesões.
- Nós esperávamos fechar o
ano com 70 mil sócios. Estamos um pouco abaixo, e é pouco provável
atingir. Mas foi um ano bem interessante para o Cruzeiro, porque nós
consolidamos o programa. O grande receio não é nem
a captação de novos sócios, porque isso aparece a todo o momento. O
maior problema é a retenção dos atuais. Ainda temos um grande número de
saída, mas o número de entrada e permanência está superando essa saída.
Nós fechamos o ano passado com 45 mil, e este
ano com 66 mil até agora. Tivemos mais de 21 mil novos sócios. Então,
essa equação tem ficado positiva. Praticamente, crescemos 50%. Isso é
muito bom.
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