DUELO DE VAIDADES QUE NÃO LEVA A LUGAR NENHUM

POR: JOÃO VITOR VIANA

Indiretas, diretas, comentários, réplicas e tréplicas. Mais parece um debate político que futebol. Assim está sendo, pela imprensa, a relação entre Marcelo Oliveira e o presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares. Travando um completo jogo de vaidades, chega a haver até um jogo de empurra-empurra pelo desempenho inicial do Cruzeiro.Marcelo cobra, pela imprensa, a contratação de armadores. Gilvan, também pela imprensa, rebate o treinador. E fica nesse lenga-lenga sem fim.

Nessa "troca de farpas", quem sai perdendo é o Cruzeiro, que teve um ambiente excelente nos últimos dois anos, quando ganhou dois títulos brasileiros. Aliás, é nessa tecla que Gilvan tem batido, dando todo o crédito das contratações à diretoria. Já Marcelo parece não ter uma relação muito comunicativa com a diretoria. Dos 11 contratados, somente um é de armador. Não teria sido melhor haver esse pedido internamente?

 No Cruzeiro, o treinador sempre avaliza contratações e a diretoria sempre contrata em comum acordo com a comissão técnica. Ao que parece, o clima tem ficado pesado, com essa delegação de culpa ao outro.

Em um clima semelhante ao que Celso Roth e Gilvan tinham, Marcelo vai entrando. Talvez, muito pelo fato de ele crer que seja mais do que realmente é, assim como o presidente do Cruzeiro. No clube, para se ter sucesso, tudo deve ser compartilhado. É igual casamento: na alegria e na tristeza. Ao que parece, na tristeza isso não tem acontecido. E nesse duelo de vaidades, que não leva a lugar nenhum, os objetivos que o clube tanto almeja parece ficar em segundo plano.