FOI NERVOSO, MAS VALEU

POR: JOÃO VITOR VIANA

O Cruzeiro voltou a vencer. Dessa vez, teve como adversário um velho conhecido: Marcelo Oliveira. No duelo de clube contra ex-técnico, deu Raposa: 2 a 1, em noite inspirada de Alisson, Fábio e Arrascaeta. Menção honrosa à dupla de zaga, que foi perfeita no jogo aéreo e não brincou hora alguma.

O primeiro tempo foi todo do Cruzeiro, que podia ter feito dois ou mais, tamanho o disparate técnico e de vontade. O Cruzeiro entrou pilhado, fez um gol bem cedo, em jogada de oportunismo de Vinicíus Araújo, que deu um belo passe para Alisson marcar. O gol, no entanto, foi um fator que fez o Cruzeiro, aos poucos se acomodar. Deu alguns espaços. Mas o Palmeiras, sem muita inspiração, em nada concluía. No final do jogo, um pênalti anotado pelo bandeira, que mais uma vez o árbitro, fraco, não viu. Mas vendo seu auxiliar apontando toque na área, marcou pênalti. Antes disso, dois lances bem mais claros passaram em branco. Na cobrança, Marinho, displicente, errou. Não entendi porque Alisson não cobrou. Mas enfim, placar na vantagem mínima para o vestiário.

Na volta para o segundo tempo, o Palmeiras voltou mais ligado. O Cruzeiro permaneceu contente com o resultado e até um pouco mais desinteressado, talvez abatido pelo pênalti perdido no último lance do primeiro tempo. A partir do gol de empate do Palmeiras, o Cruzeiro ligou o sinal de alerta. O time sentiu o gol. Tanto que o Palmeiras chegou a estar mais próximo da vitória que o Cruzeiro. Fábio fez duas defesas sensacionais. Luxemburgo errou em duas alterações. Contudo, apostou em um jogador certo: Arrascaeta. O uruguaio entrou, mostrou habilidade, deu dribles importantes. Fez o que dele se esperava, inclusive o gol da vitória, em jogada criada por Alisson. 

O Cruzeiro venceu e saiu da incômoda 16ª posição. Subiu para 11ª, respirando aliviado, mas sabedor que tem que melhorar muito ainda se quer alcançar logo os 45 pontos. Foi nervoso, mas valeu!