"QUILATE" DO TREINADOR VAI DEFINIR AS AMBIÇÕES DO CRUZEIRO EM 2016

POR: JOÃO VITOR VIANA

O Cruzeiro ainda não anunciou. Contudo, o nome do técnico vai definir o que o Cruzeiro pretende para 2016. Com Mano, o discurso era o de voltar a disputar os principais títulos. Com a saída do treinador, que abdicou do contrato que time em prol de um dinheiro estratosférico, o clube tem que se planejar novamente. E toda a ambição do time volta a ficar em xeque, haja vista que ainda não se sabe quem virá para 2016.

Quando o Cruzeiro estava em crise, em 2011, cada treinador que vinha mostrava a que tinha vindo. E foi um dando mais errado que o outro pois a cabeça de cada um era pior também. Terminou com Vagner Mancini, um dos piores treinadores da história do Cruzeiro, que viu Roger e cia. brilharem e golearem o rival e se safarem de um rebaixamento vergonhoso. O treinador, que teve um aproveitamento ridículo de 38% ainda saiu falando que tinha salvado o clube...

E foi Mancini o responsável por montar um time horroroso em 2012, que teve que ser remodelado por Celso Roth. Sabíamos que era um ano para ajeitar a casa, mas que com Roth não chegaríamos a lugar algum. Dito e feito. Técnico sem ambição. Veio 2013 e 2014 e Alexandre Mattos reconstruiu o Cruzeiro do zero. Com alguns pitacos de Marcelo Oliveira, montou um time qualificado, que brigou por tudo nos dois anos. Mas o time foi desfeito e 2015 serviu para pagar a conta. Mas podíamos ter feito um Brasileiro muito melhor, principalmente se o planejamento no final do ano passado fosse melhor desenhado.

O ego, esse ano, tomou conta da diretoria. Saiu diretor e o presidente se pôs na função, como dono do mundo. Renovou, de forma equivocada, com Marcelo Oliveira. Muitos torcedores vão me metralhar, mas as imposições que o treinador fez para renovar foram absurdas, a contar o afastamento de jogadores importantes e a manutenção de atletas sem sentido. Claramente sem o domínio do grupo, a diretoria demorou a dispensá-lo. E pior: trouxeram um pior para substituir. Luxemburgo até que começou bem. O "papa", segundo um jornalista aqui de Minas Gerais, no entanto, foi cavando, cavando e cavando. Indicou Uillian Farías e Marinho ao Cruzeiro, dois jogadores sem a menor qualificação técnica, inchando mais o grupo. Outro que demorou a sair.

Saiu para a entrada de Mano, que trouxe nova forma de o time jogar. Deixou de lado os jogadores ruins e aproveitou aqueles que acabaram dando certo, dentro de um esquema que só perdeu por duas vezes. E olha que a última rodada estava quase desenhada para a derrota, já que a diretoria, de antemão, dispensou quatro jogadores. Time que já sabia que o treinador sairia não se empenhou tanto e foi derrotado pelo Internacional.

Agora passemos a pensar em 2016. Quem virá? Qual nossa ambição? Aquela, tipo Vagner Mancini? Será tipo Roth? Ou será tipo a que Mano implementou? Cruzeiro não é clube para testes. É clube que disputa títulos. E é bom que a diretoria aprenda com os erros desse ano, diminua o ego e volte a gerir o clube como um campeão. O quilate do treinador vai nos dizer o que queremos no ano que vem.