BOM NO ATAQUE, LÁSTIMA NA DEFESA

POR: JOÃO VITOR VIANA

Certa vez, o técnico Parreira afirmou que o gol, no futebol, era um detalhe. Ontem, diante do Fluminense, não foi isso que aconteceu. Aliás, foi bem o oposto. Uma chuva de gols no Mineirão, 4 a 3 para o Fluminense. E ficou a pergunta: de que adianta criar e ir bem no ataque se a defesa está uma peneira?

Há tempos eu e os colunistas e comentaristas desse BLOG SITE estamos batendo na mesma tecla: o esquema tático. Historicamente, o Cruzeiro é um time de toque de bola, de envolvimento do adversário, de jogadas plásticas e objetivas. E tudo isso sendo um time equilibrado. E equilíbrio é algo que não foi visto ontem.

Duas peneiras pelas laterais. Fabiano e Fabrício marcam com o olho e, por ali, criou-se muitas jogadas de perigo, inclusive dois gols. Os outros dois vieram de pênaltis. O primeiro, bem discutível. O segundo, vindo de falha individual do Fábio. Mas que faz parte. O nosso capitão tem muito crédito e vez ou outra falha mesmo. Faz parte da posição de goleiro.

O que não pode ocorrer é o treinador não saber como mexer no time e perder até o controle emocional. Talvez essa chance tenha sido muito cedo e a diretoria, querendo economizar com técnico renomado, preferiu apostar no comando, como fez no elenco. Até o momento mostra que foi uma opção a ser criticada, pois não vê-se evolução do time principalmente quanto à defesa. 

Não vou culpar Dedé e Manoel pela defesa vazada. Quando os laterais são incompetentes, fica difícil mesmo. Já começo a pensar que Deivid (ou algum treinador que possa vir) tenha que utilizar três zagueiros, utilizando Bruno Rodrigo e sacando os laterais, optando por Sanchez Miño na ala esquerda e Henrique ou outro jogador na direita. O certo é que falta proteção à zaga (acho que Romero vai se encaixar rápido no setor) e laterais. Não temos laterais, definitivamente. E se o técnico não exigir da diretoria peças para o setor, desconfio, seriamente, que ele não tem capacidade para estar à frente de um time da grandeza do Cruzeiro. 

Pensei em Deivid, no início, como uma promessa. Depois de ontem, e pelo que tenho visto no ano, mais se assemelha a um Paulo César Gusmão, o que não é uma boa coisa.

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