POR: JOÃO VITOR VIANA
Algumas vezes já postei aqui ou mesmo nas redes sociais do BLOG SITE CRUZEIRO ONLINE que o Cruzeiro precisa de líderes no grupo. Atletas que cobrem uns aos outros nos treinos e jogos, que façam as palestras e preleções valerem a pena. Antes das chegadas dos atletas no meio do ano, na abertura da janela internacional, isso era pior. Com as chegadas de Sóbis, Denilson e Ábila isso amenizou. Isso porque são atletas mais rodados, que tem experiência e que chegam com moral diante dos atletas que aqui estavam.
Muita gente não sabe, mas na equipe vencedora de 2013 e 2014 havia um grupo de atletas que seguravam a onda bonito dentro do clube. Dentro de um time vencedor há vaidade, briga, cobrança. Mas Ceará, Tinga e Julio Baptista seguraram muitos atletas. Vários chegavam até o treinador Marcelo Oliveira e cobravam ser titulares. Tanto que Dagoberto foi afastado, pois os três não conseguiram contê-lo, tamanha desavença com o treinador, que insistia em deixá-lo no banco. Outros jogadores pediram para ser negociados (emprestados ou em definitivo) e outros aceitaram a forma do ex-treinador celeste trabalhar.
Com a saída destes atletas, que ocorreu ao mesmo tempo, o Cruzeiro ficou carente de líderes. Fábio, antes uma voz forte, mas não "a voz", passou a ser um dos poucos a falar, cobrar e exigir postura dos atletas, inclusive dos mais novos. Em 2016, Henrique também assumiu essa postura. E diante de um grupo muito jovem, não havia outros com "bagagem" e maturidade para cobrar e servir de exemplo. Isso muda com a chegada dos novos contratados. Sóbis terá uma função muito além daquilo mostrado em campo, muito além de fazer gols ou ser "garçom" de Ábila. Caberá a ele, principalmente, ser o "ponto de equilíbrio" fora de campo do Cruzeiro. A ele e a outros jogadores experientes, no que incluo Ábila, Edimar, Dedé, Manoel, o próprio Henrique, Robinho.
Hoje, o Cruzeiro carece de líderes. E para o time ser equilibrado em campo, precisa também ser fora dele. Hoje é desequilibrado dentro e fora das quatro linhas.
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