O técnico Mano Menezes é um profissional competente, que por seus méritos chegou à Seleção Brasileira e que por muito tempo fez um bom trabalho. Mas não pode ser tão teimoso como mostra nos últimos tempos, colocando em xeque todo um relacionamento com o Cruzeiro e com a torcida. Se sou a favor da troca do treinador? Não. Ainda que Dorival Júnior esteja, agora, disponível, e seria um bom nome caso Mano não permanecesse. No entanto, pelo que o treinador fez pelo clube e sua torcida em 2015 e 2016, é melhor ir com calma quanto a essa troca no momento.
O que deve ser trocada, aliás, sem dúvida alguma, é a forma do treinador de ver o jogo e optar por um ou outro jogador. É unânime que alguns atletas não estão rendendo e que o nome tem feito com que eles sejam escalados ou não saiam do time, mesmo prejudicando mais que ajudando. Thiago Neves, por exemplo, não vive boa fase. Ficar no banco, como ficou diante do Santos, não seria ruim. Até porque, naquele jogo, ele entrou e decidiu. Talvez esteja fora de forma, de ritmo. Mesmo que tecnicamente seja diferenciado, o que escala ou mantém um jogador no time é a regularidade. E Thiago, assim como tantos outros, não estão regulando.
Além disso e, talvez, o que mais incomoda, é que o treinador, após voltar atrás e escalar o time com três volantes, voltou a teimar e deslocar Hudson para a lateral. Sem Hudson no meio, o Cruzeiro perde força na marcação e agilidade nos contra-ataques. Além disso, não ganha nada na lateral, que fica desguarnecida, tanto com ele, quanto com Romero. Assim, que se mantenha o argentino. Não vejo Lennon nessa função e espero que Ezequiel retorne o quanto antes. Apesar de não ser "uma Brastemp", é o que temos de melhor, feliz ou infelizmente.
Mano não pode ficar indo na contra-mão do que a torcida acredita ser o certo. Não podemos ver um técnico agir como nosso presidente, que acredita ser sabidão e único dentre oito milhões a apostar e acertar em algo. Se a torcida clama por três volantes, que Mano pare de querer fazer diferente. Jogamos muito bem contra o Santos. Por que mudar? Não bastasse escalar Leo e Caicedo, uma zaga fraca, ainda tirou a proteção dela? Suicídio! Um verdadeiro paradoxo tático que Mano fez e, por isso, teve a maior parte da culpa na derrota para a Chape. É hora de avaliar as decisões, escalar jogador por mérito e alterar o esquema só se os três volantes não estiverem funcionando, durante o jogo. Fora isso, não é a melhor saída. Mano erra ao voltar com um esquema fajuto que não deu certo em nenhuma partida do ano. Espero que acerte o time novamente, volte com Hudson para o meio e já o faça diante do Bahia, na próxima rodada do Brasileiro. Ou será que vamos ter que sofrer novamente, torcendo para um time que não cria, não chuta, não é envolvente, não propõe e jogo e parece não se importar em vencer em nenhuma parte do jogo? Mano, repense!
Por: João Vitor Viana
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