LATERAL DESCARTADO POR MANO!

Até o fim do ano: este é o prazo de Lennon na Toca da Raposa. Sem poder se transferir para um novo clube, já que vestiu a camisa de duas equipes em 2017 e a Lei Internacional de Transferências proíbe nova troca de time, Lennon vai ficar "passeando" em Belo Horizonte. Se antes ele foi "avalizado" por Mano Menezes, que viu no atleta do Cruzeiro-RS um potencial, agora não há sequer o mínimo prestígio. Com rendimento ruim nos jogos e treinos abaixo das expectativas, o jogador não tem futuro na Toca da Raposa. A paciência com o atleta é nula, como pôde ser entendido na entrevista que Mano Menezes deu nesta sexta-feira.

Na opinião do comandante celeste, o Cruzeiro estará em campo com o que tem de melhor. Perguntado se improvisar seria por falta de qualidade de reposição na lateral-direita, Mano foi direto: "Se estamos improvisamos, não é necessário dizer (que não há reposição). Não vou expor o jogador da função, não há necessidade disso. Mas se optamos por um jogador de outra função é porque aquilo que esperávamos acabou não ocorrendo". 

Quando da contratação do jogador, nada conhecido em Belo Horizonte, mas que segundo Mano Menezes foi um destaque no Campeonato Gaúcho, o apoio ao jogador de 25 anos era evidente. "Ele está mudando de patamar. Saiu de um time pequeno para um time gigante. Há necessidade de adaptação e de amadurecimento", contou Mano à época. No entanto, meses depois, o treinador viu que sua avaliação foi falha, assim como a contratação feita pela diretoria. A chegada do jogador serviu tão somente para aumentar a folha salarial do clube, assim como tantas outras. Recentemente, apenas para a lateral, o Cruzeiro desperdiçou boas cifras ao contratar Fabrício, Pará, Fabiano, o próprio Lennon e Breno Lopes. Todos de qualidade duvidosa. Esperamos que a diretoria não esteja fazendo "jogo de empresários". A contratação de todos estes citados não teve o menor cabimento. Dos cinco, apenas dois estão no atual elenco. Contudo, todos estão com contrato em vigor com o Maior de Minas. Pará assinou por cinco anos, mesmo período de Breno Lopes. Fabrício chegou com contrato de três temporadas e Lennon por dois anos. Ainda bem que Fabiano já não retorna mais ao clube. O contrato com ele era de quatro anos.

Política de inchamento

Diferentemente do que a diretoria chegou a anunciar - que iria fazer contratações pontuais -, o que se viu foi a contratação de um grande número de jogadores de qualidade mediana, que em nada agregou tecnicamente e muito inchou a folha salarial do clube. Jogadores como Caicedo, Rafinha, Ábila, Rafael Marques e Bryan pouco acrescentaram. O atacante argentino até chegou a viver um bom momento, mas por todo o dinheiro dispendido (ou prometido), foi uma contratação que pode ser considerada ruim, principalmente pela promessa de compra dos outros 50% por mais US$ 4 milhões, que oneraria o clube por completo. Juntando todos esses jogadores e contratando dois ou três atletas de potencial elevado, certamente o Cruzeiro estaria melhor no Campeonato. Para fazer parte do elenco, temos a base. Aquilo que não produzimos, a gente contrata. Com a atual política, muito em breve iremos sucatear nossa categoria de base, famosa por revelar craques, mas que parece ter parado no tempo, revelando um último bom jogador em 2013, quando Lucas Silva apareceu no cenário nacional.

Por: João Vitor Viana