UM ENGODO CHAMADO TITE

Há algum tempo, o torcedor da Seleção Brasileira, na qual não me incluo, clamava por uma mudança radical no comando da Seleção Canarinho. Ela veio, após a saída de um bando de bandido da CBF (o que não quer dizer que limpou-se tudo), com a contratação de Tite, o melhor treinador brasileiro à época e até antes. No entanto, o bom futebol mostrado nas eliminatórias acabou enganando boa parte da torcida, que passou, após uma Copa ruim, ver o treinador com olhos, digamos, desconfiados.

Afinal, como desde 2006 acontece, são convocados para vestir a camisa da Seleção Brasileira não os melhores, mas os homens de confiança do treinador. Isso parece, também, incluir alguma passagem dos atletas pelo Corinthians ou pelo futebol gaúcho. O apelo de parte da imprensa por atletas cariocas também têm certo peso. Mas para Minas e, em especial, para o Cruzeiro, assim como os treinadores desde 2006, o treinador torce o nariz. Numa má vontade e com desculpas esfarrapadas, nunca convocou Fábio, convoca Dedé - o melhor zagueiro em atividade no país - para ficar no banco em dois amistosos, sem jogar nenhum minuto e sequer olha para outros jogadores do Cruzeiro, um time bicampeão da Copa do Brasil seguido e que, ao que parece, dentro da CBF, parece ter a antipatia daqueles que comandam.

Tite passou de solução a engodo. Não só passou a trabalhar com os mesmos métodos de Dunga, como o futebol animador do início passou a ser de resultados. E muito se deve às escolhas do técnico, que como disse, não convoca os melhores. Alguém avise esse cidadão que quando falamos em "seleção", isso quer dizer que dentre um monte você "seleciona" os melhores. E talvez, por isso, a Seleção Brasileira não vença uma Copa do Mundo desde 2002, a última Seleção, de fato. O que Tite fez e faz com Fábio e passa a fazer com Dedé, é uma desconsideração gigantesca, que aflora um sentimento ruim por uma seleção. Aliás, se tem uma seleção que torço, essa tem o nome de Cruzeiro.

Por: João Vitor Viana