VITÓRIA, LIDERANÇA ISOLADA E 300 GOLS NA LIBERTADORES

Jogo tenso, apreensivo, mas de nova vitória. Foi sofrido, muita pressão, agressão de todos os lados da equipe do Emelec e um árbitro que mostrou pouco pulso durante todo o jogo. O árbitro foi salvo pelos excelentes bandeiras, que acertaram tudo, principalmente os três gols anulados, um do Cruzeiro e dois do time da casa.

O Emelec entrou em campo pressionado, começou buscando dominar o jogo e chegando com perigo, mesmo que em chutes de fora da área. Fábio, seguro, e Dedé, uma autoridade pelo alto, foram destaque nesse período. Aos poucos o Cruzeiro foi tendo mais posse de bola, tocando com competência e passou a chegar. Contudo não finalizou tanto, deixando mais a bola com o adversário, principalmente no primeiro tempo. Mas em um lance de bola parada bem ensaiada, Robinho cruzou e Henrique, no primeiro pau, desviou, encontrando Rodriguinho. O camisa 23, com um toque tirou a marcação e tocou por cobertura no goleiro, abrindo o placar e fazendo o gol de número 300 do Cruzeiro em Libertadores. No lance seguinte, o Emelec chegou a empatar, mas com Angulo impedido, teve o gol anulado.

Na volta para o segundo tempo, o Cruzeiro optou por não propor a partida. Recuando, trouxe o time da casa para cima. Logo no início, outro gol bem anulado do Emelec, novamente com Angulo. O segundo tempo foi ficando tenso devido ao desespero do Emelec com a derrota e com o nervisismo que isso se transformou. Lances de extrema truculência não foram coibidos e alguns jogadores do Cruzeiro entraram na "pilha", casos de Edilson e Dodô. Amarelados, deixaram a torcida apreensiva com uma expulsão que poderia acontecer. Com o time recuado, perdendo o meio e com uma saída de bola ruim, o Cruzeiro foi pressionado e, junto a isso, o Emelec passou a abusar da violência. Depois de muito baterem, o árbitro expulsou um atleta, que ainda saiu reclamando. O Emelec estava tão fora de si que um jogador tomou um copo de água atirado pela torcida no campo, que estava na mão do árbitro, e jogou para fora do campo. A autoridade estava no lixo!

O excesso de violência, principalmente com vários objetos jogados no campo nos minutos finais fizeram alguns torcedores temerem pela segurança dos atletas. Felizmente o papelão se deu durante os 90 minutos.No fim do jogo tudo ficou menos tenso.

O Cruzeiro fez um jogo seguro, mas recuou muito cedo, ganhou de forma sofrida, mas venceu. E como disse o meia Rodriguinho ao final do jogo, o importante foi vencer e chegar aos nove pontos. "Foi uma vitória importante. Tivemos que segurar uma pressão do adversário e felizmente conseguimos uma vitória. E isso nos coloca praticamente na segunda fase, já que teremos jogos em casa para confirmar isso. Não conseguimos ampliar, mas o importante foi vencer". O Cruzeiro chegou aos nove pontos. Na segunda posição está o Desportivo Lara, que bateu o Huracán por 2 a 0.

Ah, Rafinha!

O atacante Rafinha entrou num momento errado, quando o treinador deveria, primeiro, acertar a marcação e saída de bola do meio, talvez colocando Lucas Silva em lugar de Robinho ou Marquinhos Gabriel. Mano optou por colocar uma "válcula de escape", mas ele entrou mal. E para "coroar" a atuação, que não foi boa, ele perdeu um gol inacreditável no final do jogo. Vencemos, chegamos aos 300 gols, aos nove pontos, mas precisamos acertar algumas situações. A zaga esteve segura, mas as alas tiveram problemas e a proteção da defesa não foi eficiente como costumeiramente é.

Por: João Vitor Viana