Muito se fala no futebol sobre tática, técnica, treino, fases, esquemas, isso e aquilo. Contudo, futebol não é um monstro de sete ou doze cabeças. É simples, na verdade. Mas técnicos, dirigentes, jornalistas e torcedores fazem uma mistura tal que muito se perde no caminho e os resultados tendem a não acontecer. E muito desse sucesso se dá ali, no campo, no vestiário, na conversa pós-jogo. E quem faz isso, quando não é um funcionário do clube, é um jogador mais experiente que, titular ou reserva tem a capacidade e experiência para ser ouvido e envolver um grupo.
Não vou muito longe. Mas volto seis anos na história e falo do Cruzeiro de 2013. Um Cruzeiro montado com poucos recursos, mas que soube se equilibrar dentro e fora de campo com agentes especiais. Cruzeiro tinha Fábio, Ceará, Dedé, Leo, Henrique, Nilton, Leandro Guerreiro, Diego Souza, Tinga, Dagoberto e Borges. Todos com voz dentro de um elenco, que tornou-se forte tecnicamente mas que, diante de fatos que aconteciam no jogo ou no vestiário, tudo ficava ali, era contornado e os mais experientes eram ouvidos. O mesmo aconteceu em 2014. Tanto que a maior parte do time ficou e outros, também experientes chegaram, como Julio Baptista, um cara que foi fundamental naquele ano, principalmente fora de campo.
2017 e 2018 também foi de sucesso e segurança. Jogadores experientes ganham jogos, tramam táticas e estratégias até mesmo sem consentimento do treinador, que só fica sabendo depois. Rafael Sóbis foi um dos líderes dessas temporadas. Titular ou reserva, era muito ouvido pelos jogadores, pela história, pelo currículo e pela visão de futebol. Em entrevista ao jornalista Ale Oliveira, ele afirmou, categoricamente, que várias foram as oportunidades que antes dos jogos ele refletia com os companheiros de time: "Nosso time não é o melhor, mas temos a capacidade de vencer se todos fizermos a nossa parte e jogarmos de tal forma. E vencíamos".
Jogadores assim fazem a diferença no futebol. Será que é isso que falta, hoje, no Cruzeiro? Pode ser. Pode ser que os líderes não se façam tão ouvidos. Pode ser que falte ímpeto desses mesmos líderes, vários que estavam em 2013, 2014, 2017 e 2018. Talvez seja a hora desses caras chamarem a responsabilidade, se fazerem ouvir, mostrar o porquê do currículo de cada um e como voltar a vencer. Quando um grupo se ouve e conversa, quando um grupo se respeita e é unido, as fases ruins passam. E é isso que precisa acontecer. Assim, cobramos essa gana dos mais experientes, além, claro, do treinador e da diretoria. Mas esses caras, que já passaram por diversos desafios, que enfrentaram muitas batalhas e sabem o caminho do sucesso precisam pegar o leme desse barco. Tempo de pausa para pensar, refletir, por as coisas no lugar e fazer dos bastidores, ao menos, o pontapé para o sucesso.
Por: João Vitor Viana
Muito bom comentário Joao Viana, leitura perfeita, só acho o time tem que usar os recursos tecnológicos a a seu favor e parar de levar gol de amador . O nosso melhor zagueiro Dedé está se posicionando na área sem marcar ninguem, fica no centro da grande área na frente do fabio, esperando a bolo passar quando da cobrança do escanteio para cabecear, face a sua altura e facilidade de cabeceio, mas quando a bola passa tem sempre um adversário sem marcação, foi o que aconteceu com o fortaleza e outros jogos que sofremos gol de cabeça. Temos que acertar posicionamento e mudar algumas pecas, por exemplo colocar oa dois volantes: lucas Romero e Jadson e David na lateral esquerda, urgente, com a volta do lateral direito edlson
ResponderExcluirExcelente comentário, parabéns.
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