CRUZEIRO SE CLASSIFICA EM JOGO TENSO E DE ARBITRAGEM DUVIDOSA

O Cruzeiro foi o primeiro time classificado para as semifinais da Copa do Brasil. Em partida tensa no campo do América, o time locatário teve que tirar uma diferença enorme, construída pelo Maior de Minas no primeiro jogo, na Toca 3. Em jogo que a arbitragem quis aparecer mais que os jogadores e que a briga rolou em vários momentos, na junção dos resultados, deu Cruzeiro. No Independência, 2 a 0 para o segundo maior time de Vespasiano. No geral, 3 a 2 para a Raposa. Com a classificação, o Cruzeiro chega à sua quarta semifinal seguida da Copa do Brasil, campeonato do qual é o maior vencedor, com seis taças.

Antes mesmo de o jogo começar, surpresas na escalação do Cruzeiro. Ariel Cabral e Thiago Neves ficaram de fora e Fred iniciou o jogo. Como tem sido ultimamente, o Cruzeiro fica preso, com menos opções para envolver o adversário. E com Fred em campo o Cruzeiro não buscou muita coisa. Victor fez uma defesa, Fábio outra, mas o Cruzeiro, que não tinha ques buscar o jogo e estava por "uma bola", buscava o contra-ataque.

Em falha de marcação, o rival abriu o marcador, com Cazares, no primeiro tempo. E ficou por isso mesmo os primeiros 45min do segundo jogo. Já a segunda etapa reservou uma tensão que não havia sido vista até então. A torcida do locatário jogou uma porção de copos no campo - vai lá saber se era com água mineral ou produzida pelo ser humano -, além das briguinhas que tradicionalmente o rival gosta de forçar. Elias, do banco, tentou até impedir Dedé de entregar um copo ao quarto árbitro numa completa falta de esportividade. Se fosse do lado de cá fatalmente a atitude desse ex-jogador em atividade seria outra. 

Veio o segundo tempo e o Cruzeiro melhorou. David deu mais uma opção de velocidade e o Maior de Minas passou a usar mais suas armas. Em um lance interpretativo, que dá para ser questionado e muito, o senhor assoprador de apito anulou um gol de Pedro Rocha. O VAR pediu para ele ver o lance e ele viu uma falta em Fábio Santos. Um lance parecido ocorreu minutos depois e ele nada vez. Ou seja, sucumbiu à pressão local, mostrando que é muito mais do que ruim. Como no lance teve a expulsão de David e Alerrandro, o jogo ficou mais aberto. O Cruzeiro acabou saindo perdendo nisso. Além de não ter o gol validado, ainda perdeu um jogador que havia entrado bem. 

No "abafa", os locatários fizeram o segundo gol, num acerto raro de Patric. 

Mano Menezes não acertou nas modificações na partida. Teve, por óbvio, o problema do árbitro, mas poderia ter feito alteração melhor, principalmente a terceira. Sinceramente foi estranha a entrada de Dodô, um jogador que até agora não mostrou ao que veio, que passa mal, marca mal, e não consegue atacar. Talvez fosse um momento para por um zagueiro ou outra opção um pouco mais lógica. Bom, valeu a classificação, o dinheiro no bolso e a felicidade de eliminar um rival. E que partida fez Dedé! Um mito, um monstro!

Por: João Vitor Viana