Os cruzeirenses, a cada rodada, lamentam os pontos surrupiados nas partidas contra Goiás, Fluminense e Chapecoense. Oito ao todo, que nos deixariam numa situação mais confortável. Bom, contudo, o Cruzeiro mostrou em campo, mais uma vez, que tem time para sair da incômoda posição dentre os quatro piores. Tanto que saiu, ainda que temporariamente. Aqueles 70% de chance de rebaixamento, aos poucos, vão diminuindo. Na contramão disso, o futebol tem melhorado, a entrega dos entrega dos jogadores é evidente e os resultados tendem a acontecer. Contra o Corinthians, nos embalos de sábado à noite, uma vitória maiúscula, gigante, do tamanho do Cruzeiro: 2 a 1, de virada. Com a vitória, o Cruzeiro mandou o Ceará para o grupo dos quatro últimos.
Alias, a vitória celeste foi tão maiúscula que jornalistas começaram a enumerar os tabus que caíram com o resultado positivo no Itaquerão. O primeiro, obviamente, foi o Cruzeiro vencer fora de Belo Horizonte pelo Campeonato Brasileiro: há mais de um ano e três meses isso não acontecia. Foi lembrado, ainda, que o Corinthians ainda não havia perdido em casa neste Brasileirão; essa foi a primeira vitória de virada do Cruzeiro no ano; que desde 18 de agosto o Cruzeiro não fazia dois gols num jogo; foi a segunda vez em 27 rodadas que o Cruzeiro conseguiu duas vitórias seguidas; e foi a primeira vitória do Cruzeiro em Itaquera. É tabu demais da conta!
O Cruzeiro mostrou postura ofensiva, soube se portar em campo e pela primeira vez eu vi uma arbitragem irretocável, que não se curvou ao time da casa nem ao estádio cheio. Foi profissional que não alterou o resultado da partida, muito pelo contrário: consolidou o placar que os times buscaram. O mimimi do lado de lá por causa de bandeira levantando o instrumento de forma equivocada não procede. O que manda é o apito do árbitro, que não foi acionado em nenhum momento. E o VAR, cumprindo a regra, validou o gol de Ederson. Além disso, foi pênalti claro no lance do primeiro gol do Cruzeiro, também chamado pelo VAR. E não demorou horas como antes. Em 45seg viram que ocorreu, sim, desvio de mão. Quanto ao gol anulado do Corinthians, ainda que Fred tenha valorizado a jogada, o árbitro apitou. E uma vez apitado, o jogo para. A discussão pode ser se foi ou não falta. Mas depois de apitar, o lance já fica inválido.
Diferente de outros jogos, esse não foi apitado pelo VAR e não foi monótono. Que bom seria se as partidas fossem sempre conduzidas assim.
Ótima partida de Ederson, Fábio, Fabrício Bruno. Menção honrosa a Marquinhos Gabriel, Henrique e Thiago Neves. Viu-se, dessa vez, um time tático, inteligente e astuto. Que continue assim!
Por: João Vitor Viana
Não foi a primeira Vitória do cabuloso no Itaquerao; na decisão da CB do ano passado ganhamos também.
ResponderExcluirCorreto.
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