DÍVIDA ASTRONÔMICA

O meia Rodriguinho - que até o final da próxima semana deverá anunciar o seu novo clube, pois está deixando o Cruzeiro de forma amigável - teria custado bem mais que o valor anunciado pela diretoria passada. À época, o vice-presidente de futebol, Itair Machado, falou que o Cruzeiro teria pago cerca de R$ 23 milhões para repatriar o jogador, que estava no futebol do Egito. No entanto, o valor seria bem maior, cerca de R$ 33 milhões, sendo que apenas uma parcela teria sido paga, algo em torno de um milhão de euros. Assim, o Núcleo Gestor acabou "herdando" R$ 30 milhões em dívidas, que deverão ser equacionadas em acordo com o clube africano.

Rodriguinho - que jogou basicamente o primeiro semestre pelo Cruzeiro e ficou o restante no Departamento Médico, tratando de lesões na região lombar - já avisou ao clube que nao aceita as condições de equacionamento do salário para que receba o atual contrato de forma parcelada. Assim, trata da questão internamente. Já não joga neste domingo, contra o Tupynambás. 

A torcida do Cruzeiro tem repercutindo essa negociação muito mal nas redes sociais, principalmente pelo fato do meia não ter jogado tanto ano passado (apenas 20 jogos) e esse ano não ter mostrado nenhum empenho nas duas partidas do Campeonato Mineiro, dando nítida impressão de completo desinteresse. Dessa forma, deixará o clube sem marcar seu nome na história, a não ser de forma negativa, por fazer parte, ainda que que no DM, do maior vexame da história do Cruzeiro. Assim como Fred, que é outro que precisará fazer um acordo com o Maior de Minas - o clube estipula uma dívida em torno de R$ 25 milhões só com ele - Rodriguinho teve uma passagem apagada por aqui. Não deixará saudade.

Opinião do jornalista

O estatuto do clube, quando alterado, deve apregoar que o dirigente que tiver negociações comprovadamente demonstrada em fraude, deverá responder com o próprio patrimônio. É inadmissível que alguém faça com o clube o que a última gestão fez. O Cruzeiro não pode ser meio de lucro pessoal. O clube é e sempre maior que qualquer dirigente. A responsabilização da pessoa é o primeiro passo para a profissionalização do futebol no país. Chega de falcatrua! (JVV)

Por: João Vitor Viana