segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Há muitas coisas a se resolverem, principalmente se não se sabe jogar com o regulamento




A eliminação ridícula e precoce do Cruzeiro diante do Sousa-PB, um time semiamador, trouxe à tona fragilidades do time, que ainda está longe de estar pronto. Não é porque venceu seu maior rival, com larga vantagem técnica e tática, que está tudo bem. Aliás, quando se tem setores cujos titulares (ou, agora, ex-titulares) fazem a diferença contra o próprio time, tudo tende a não dar certo.

Vale a pena dizer que quando o Cruzeiro joga para empatar, não tem competência. O jogo contra o Sousa foi o maior exemplo e muito me deixa pé atrás se o Cruzeiro jogar por dois resultados iguais na fase final do Mineiro. Com Néris e Machado em campo, não há placar em branco!

Estão chegando reforços, natural que outros saiam - Palácios deverá deixar o clube até o final da janela, por mais que os representantes dele forcem a barra dizendo que ele não sai. No entanto, a famosa palavra de reconstrução se mantém. Torcedor se deixa levar pela paixão, se ilude por uma ou mais vitórias e, no primeiro tropeço, começam a achar culpados e dizer que tudo é ruim.

Sabemos que um ou outro ali não dá mesmo e que o aproveitamento deles em campo mais atrapalha que ajuda. Mas esta intensidade de sentimentos é ruim. Porque num dia está tudo bom, no outro está péssimo, tem que demitir o técnico e o Ronaldo é horrível.

A inconstância de pensamento e de uma prcimônia na análise faz com quem muitas coisas não sejam entendidas. Uma delas é justamente essa noance do time, que é imensa ainda, por mais que a equipe tenha se capacitado em relação ao ano passado. Mas até mesmo os melhores do time estão passando por isso. Matheus Pereira, que deu passes para gols, perdeu pênalti e um gol feito no mesmo jogo. Este é o maior dos exemplos.

Então, nem tanto lá, nem tão cá. Mas uma coisa é certa: para jogar pelo regulamento, o Cruzeiro precisa estar mais coeso, com todos no mesmo pensamento. Nada de festinhas pós-eliminação, nada de desempenhos destoantes entre os atletas. É preciso uma harmonia, que ainda precisa ser trabalhada, interna e externamente.


JOÃO VITOR VIANA

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Foi tranquilo: tudo como dantes, no quartel de Abrantes



Em partida que mais se assemelhou a um jogo-treino, o Cruzeiro bateu o Democrata, em Valadares, por 3 a 1. O time esteve bastante alterado, ou por conta de lesão, cartão ou opção do treinador Nico Larcamón. Contudo, diante de um adversário que não ofereceu tanta resistência, o Cruzeiro se impôs, abriu o placar logo cedo e, mesmo que tenha sofrido o empate, ainda no primeiro tempo voltou a ficar em vantagem. Os gols do primeiro tempo foram de Dinenno e Zé Ivaldo.

Na volta do intervalo, o Cruzeiro continuou mandando no jogo e obrigou o goleiro adversário a fazer boas defesas. Ou seja, o placar, finalizado com o gol de Papagaio, poderia ser bem mais dilatado.

O time se volta, agora, para a Copa do Brasil, quando vai pegar o Sousa, na Paraíba. Lucas Silva, Matheus Pereira, Robert, Romero e Marlon, ausentes do jogo contra o Democrata, 

E a tarefa terá um longo trajeto. Em vez de ir para João Pessoa, capital do Estado, por questão de logística e proximidade, o Cruzeiro embarca, ainda nesta segunda-feira (19/2) par Campina Grande, seguindo cerca de 300km, depois, de ônibus. Se fosse para João Pessoa a distância para Sousa seria superior a 420km.

O jogo contra o Sousa será quarta-feira, às 19h15, no Marizão.


JOÃO VITOR VIANA

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Não adianta chantagem ou golpe baixo! Tentaram de novo se apequenando, mas o gigante venceu!



É incrível como dirigentes da SAF do lado de lá agem como seres nanicos quando o adversário é o Cruzeiro. Sob alegação de evitar problemas, conseguiram proibir torcedor celeste de ir ao galinheiro azul. Contudo, se calam quando a briga nas arquibancadas, com socos, sopapos e palavrões aconteceram aos montes e, ainda, gritos homofóbicos e tentativas de invasão do campo também foram realidade. Além disso, vários copos atirados no gramado e, pasmem, marmita com arroz e feijão tropeiro também voaram após o segundo gol. Mas querer que dirigentes de pensamentos pequenos venham a público justificar o injustificável e, ainda, a FMF faça algo, como punir o time que torce, é querer demais.

Para quem viu o jogo pela TV e teve a mínima noção quando o hino tocou, a parte "a imagem do Cruzeiro resplandece" foi simplesmente editada, com o hino tocando menos. E ainda, sob fogos, o que representa uma falta de respeito imensa. Coisa idiota de quem pensa que isso intimida ou fere alguém. 

Resumidamente: a diretoria do rival tem uma tala na cara, pensa de um jeito mesquinho e vil e leva isso para o campo, sendo conivente com a falta de respeito, a ignorância, a brutalidade de seus próprios torcedores e ao antijogo. No fim da partida, perdida por merecimento e pasmaceira, teve jogador ainda falando de "arbitragem duvidosa". Sem meu pênalti, eu não consigo? Rafael pegou até pensamento na partida e se tivesse os famosos "pênaltis mandrakes", ele pegaria também. 

Em um jogo em que o Cruzeiro soube lidar com a pressão, estádio com recorde de público, torcida única e todo um bastidor repleto de mensagens de ódio e tentativa de intimidação, o Cruzeiro se mostrou gigante e astuto. Uma Raposa na etimologia da palavra. Nó tático em meio à soberba do torcedor rival, que parece viver num mundo paralelo. Nas redes, frases como "se não for pelo menos 4, eu nem vou", ou "cabe um placar de nove de novo" não foram poucos. Por fim, uma choradeira sem fim e pessoas caladas, enraivecidas e no ódio. Não com o Cruzeiro, mas com o próprio time que, segundo eles, não entrou em campo com a vontade que um clássico exige.

O pensamento que fica é: será que a mente pequena dos dirigentes, o futebol por ódio e a soberba não foram os maiores problemas por ali? Devido à vitória celeste, merecida e que poderia ser mais dilatada, hoje, o rival sequer iria às semifinais do Mineiro. Pior que isso é ver que terá, na sequência, Athletic e Tombense, times que não são bobos e que podem fazer o galo cair do poleiro mais uma vez, como fez a fantástica Patrocinense.

O Cruzeiro está em reconstrução, está investindo aos poucos, fazendo aquilo que deve acontecer, no tempo que deve acontecer. Por mais que torcedor fale que Ronaldo não invista, que isso, que aquilo, o Cruzeiro iniciou 2024 com um time melhor e mais maduro. Há, obviamente, ajustes a serem feitos, melhoria física, chegada de um ou outro atleta (pelo menos três têm que vir para serem titulares). Mas temos um ótimo goleiro e dois dos melhores laterais do país na atualidade. Zé Ivaldo e João Marcelo fizeram uma zaga sólida e têm tudo para darem certo; Romero deu a base para Lucas Silva jogar muito bem e Matheus Pereira dispensa apresentações. No ataque, ajustes maiores precisam ocorrer, principalmente pelas pontas, onde Robert e Arthur precisam render mais e subsidiar Dinenno com mais bolas. João Pedro pede passagem, Fernando terá sua oportunidade, mas tem gente chegando aí.

Em breve, Villalba e Cifuentes chegam a BH e outros, até final de março também podem chegar. Ao todo, sete estrangeiros podem compor o elenco do time e estarem em campo ao mesmo tempo. Logo, não seria estranho se pintassem mais gringos por aqui. 

O certo é que o Cruzeiro fez um bom jogo contra o rival. Venceu tudo e todos e com inteligência. Jogamos a bomba para o lado de lá. Se ela vai explodir ou não, não é problema nosso.


JOÃO VITOR VIANA