Adilson Batista foi um dos que mais ficaram marcados com a alcunha de "Professor Pardal", nos últimos 20 anos. Isso porque testou Henrique de zagueiro, Marquinhos Paraná de lateral, volantes como armadores e por aí vai. Nesta seara, Fernando Seabra, até então coerente com escalações, sistema tático e alterações, parece ter sentido inveja daqueles tempos e resolveu, também, "inventar a roda".
De cara, uma lastimável definição por escalar um jogador medíocre como titular: Palácios, que não jgava desde janeiro, justamente por não fazer parte dos planos do clube e, pior, por não jogar bem. Herança maldita da "Era Ronaldo", Palácios foi um dos que não rendeu, como já era de se esperar. Junto a isso, a irritante escalação de Lucas Silva junto a Ramiro no meio é inconcebível. O meio fica lento, marca mal e não constrói. Matheus Pereira também esteve mal.
Mas mal mesmo foram as alterações. O time, que havia se encontrado no sistema 4-1-2-1-1, sendo Barreal um dos jogadores de meio, numa espécie de segundo volante, foi deixado de lado. A imprevisibilidade que o argentino causa quando atua mais centralizado, caindo pela esquerda, fazendo uma dobrada com Marlon, deixou de existir, passando o time a jogar de forma burocrática e previsível. Sem um jogador de área, a insistência em bolas na área dão raiva no torcedor, que não entendeu, em nada, o que o Cruzeiro fez em campo contra o Criciúma. Principalmente com as trocas de Seabra que, ao final, deixou um time desfigurado, num amontoado ridículo. Desta vez, não tem desculpas a não ser assumir a própria incompetência.
Hora de trocar? Não. Mas serviu de alerta. O Criciúma é um time muito inferior e que, mesmo assim, venceu o Cruzeiro. Aliás, o Cruzeiro, fora de casa, antes era um time competitivo que não pontuou por um acaso. Diante dos catarinenses, não pontuou por erros catastróficos de seu treinador. Coloco toda a culpa pela derrota nas costas do Seabra, sem medo de errar.
Contra o Corinthians, que não seja assim. Mais de 30 mil pessoas estarão no Mineirão para levar o clube a mais uma vitória em casa. Se tentar inventar a roda de novo e as coisas não derem certo - como é a tônica do futebol, que quem complica, se ferra - os mesmos que apoiam vão iniciar a entoar o coro por mudança. O inicio tava ótimo, pois o arroz com feijão não tem como errar (tanto). Contudo, se quiser "ser mais realista que o rei", vai ouvir muito. Quem tenta achar que só ele é o certo e o mundo está errado, acaba derrubado. E a torcida quando quer, tira. Acorda, Seabra!
POR: JOÃO VITOR VIANA
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