Uma pré-temporada meio forçada foi iniciada no Cruzeiro tão logo aconteceu, de novo, a eliminação do Campeonato Mineiro, torneio sem sal, mas que ano após ano vira um desafio vencê-lo, haja vista o tempo que o caneco não é levantado. Após o fatídico dia, uma série de notícias envolveram diretoria, torcida organizada, chegada de jogadores, disponibilidade de outros ao mercado e possibilidades, tanto de novas chegadas, quanto de atividades no período, que vai beirar 40 dias.
O que esperar nesse tempo? Certamente conversas, avaliações, possíveis chegadas e algumas partidas. Tudo vai passar pelo crivo de Leonardo Jardim que, ao que parece, recebeu carta branca de Pedro Lourenço para mexer naquilo que achar conveniente. Isso vale, por exemplo, para Villalba, uma pedida equivocada de Fernando Diniz, e que rendeu, até aqui, um prejuízo de R$ 5 milhões ao clube. Villalba deverá ser um dos atletas que deixará a equipe antes do início do Brasileiro, que acontecerá no final de março.
Lautaro também tem perdido espaço, principalmente com a contratação de Wanderson, que chegou com status de titular. Romero é outro que pode perder espaço, mas entre os 11, com o possível aproveitamento maior de Walace, que tem se dedicado bastante nos treinos, e com uma possível contratação de Thiago Maia, ventilada nos bastidores. Aguardemos!
Sobre os treinamentos, sem jogos-treinos ou amistosos de qualidade, fica difícil testar, de fato, um esquema ou uma equipe. O Cruzeiro tem enfrentado problemas, principalmente com equipes da Série A. A pergunta que fica: por que não viajam para um país e fazem amistosos por lá? No português, de Portugal, chamam de digressão. Aqui, excursão. Mas querem que os jogos sejam no Mineirão, em data que o Cruzeiro estipula. Vão ficar chupando o dedo!
O maior dos desafios do Cruzeiro, na minha visão, passa a ser zerar o dinizismo, que a equipe ainda mostrou no último desafio oficial. Excesso de toques para trás, jogadas sem finalidade, pouca criatividade e finalizações deficientes. O Cruzeiro, para ter um 2025 minimamente decente - que não é o jardim de rosas desejado por Pedrinho, que pediu a classificação à Libertadores e, pelo menos, um título - passa por se ajustar em campo, ter um padrão e voltar a ser competitivo. Isso também passa pelo aproveitamento melhor dos jogadores, inclusive da base, e, ainda, potencializá-los ao máximo em campo. Com um detalhe: sem entrevistas pós-jogo com mimimi que pode ser resolvido internamente. Isso vale para os senhores Matheus Pereira e Marlon, principalmente.
O que esperar do pós após a pré? É mais ou menos por aí mesmo. O que vai definir o rumo do Cruzero é a constância e os resultados, que vão passar pelo trabalho, pelas mexidas necessárias, fim dos vícios lamentáveis, ajustes de elenco e motivação interna. A torcida do Cruzeiro, que até aqui deu um show de presença e só levou no lombo, precisa de uma alegria. Se não aquilo que Pedro deseja, que seja algo próximo. Até mesmo para não ficar dando explicação em reuniões com torcidas organizadas...
PO: JOÃO VITOR VIANA
Concordo plenamente contigo
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