Por: Marcello Zalivi
È nação! Não da mais. Tentamos de todas as formas acreditar e transferir pensamentos positivos para o Cruzeiro arrancar rumo a alguma coisa ainda significativa no campeonato. Mas diante de mais uma decepção, fica difícil manter o discurso otimista e a crença em algo mais, neste fim melancólico de temporada.
Independente do que for acontecer. Se por ventura conseguirmos uma vaga entre os 4 primeiros (algo ainda possível na próxima rodada), na minha opinião só vai servir para premiar o esforço merecido de alguns, nem tanto de outros. Mas sinceramente não faz mais diferença. Confeço que neste final de Brasileirão, vou curtir os jogos do meu time sem cobranças ou expectativas. Vou somente ver e torcer pela vitória. O que vier, vai ser lucro.
Mas também, como “comentarista esportivo”, com certa experiência (X Promoções, Rádio Vespasiano FM e Cruzeiro On Line), gostaria de comentar sobre o momento do Cruzeiro e do futebol mineiro.
O Cruzeiro na temporada 2008 foi um verdadeiro rolo compressor jogando no Mineirão. Como melhor mandante, o time se manteve durante 37 das 38 rodadas no G4 e garantiu a segunda vaga consecutiva na Libertadores da América. Todos eram unânimes em dizer que a campanha era de campeão se não fossem os resultados ruins colhidos fora de casa. O presidente chegou a dizer que o time era um Leão no Mineirão e um gatinho fora.
Já em 2009 a coisa foi diferente. Depois da fatídica derrota na final da Libertadores, o Cruzeiro parou de regular no Mineirão para buscar os pontos fora de casa. Passou a sentir a obrigação de vencer em seus domínios diante da sua torcida, e essa pressão fez com que o Cruzeiro perdesse pontos importantes nos momentos cruciais da competição. Poderia lembrar de vários resultados, mas os dois últimos jogos em casa são suficientes para mostrar que quando pressionado e com a obrigação do resultado, o time sucumbiu. Seria resquícios da Libertadores? Acredito que nesta altura do campeonato não podemos mais dizer que esse fator é o preponderante. Creio e já me manifestei algumas vezes de que o maior problema desse bom grupo é a ausência de um jogador que seja líder em campo e que tenha um currículo vencedor. Essa era a tarefa do argentino Sorín, porem, depois da sua aposentadoria, essa lacuna que não chegou a ser preenchida devido à falta de oportunidades do jogador, ainda continua em aberto.
(Sem alfinetadas) O mesmo ocorre com o outro lado da lagoa. O Atlético depois de muitos anos voltou a ter um time competitivo no campeonato. Isso foi bom, porque obrigou o Cruzeiro a evoluir seu futebol durante a competição. Quando as duas equipes estão bem, a rivalidade aflora e mais forte as equipes ficam.
Mas assim como aconteceu com o Cruzeiro nesta temporada, o Atlético também encontrou muitas dificuldades quando necessitava “obrigatoriamente” da vitória, ainda mais diante de sua torcida. O time teve diversas oportunidades para assegurar a liderança do campeonato, mas sempre no momento de maior euforia dos torcedores e expectativas, a equipe acabava sucumbindo a seus adversários. Podemos citar o Goiás, Palmeiras, Avaí e Flamengo como alguns dos tropeços mais significativos.
Seria a pressão de ter de vencer diante da sua torcida sedenta por um título de expressão que há muito tempo não ocorre, ou assim como os celestes, falta ao time alguns jogadores com um currículo mais vencedor para suportar a pressão?
Não adianta falar que falta vergonha na cara, que colocou 30, 40, 50, 60 mil no campo. Nada disso adianta quando chegamos à fase final do campeonato e os nossos times continuam apresentando as mesmas deficiências. Do lado azul falta um líder vencedor, um atacante diferenciado e pelo menos mais um zagueiro confiável. No lado alvinegro, alem do líder, falta uma dupla de zaga mais firme, um lateral esquerdo melhor, um companheiro para o Tardelli... E talvez a mudança de certos estigmas.
O futebol da equipe pode evoluir durante a competição, mas o time como um todo precisa buscar e se adequar a ela. Veja os exemplos do Flamengo e São Paulo. A vitória dos rubro negros no Mineirão foi de grande maturidade, comprovado com autoridade na vitória no sempre problemático Estádio dos Aflitos. O São Paulo, pode não jogar bonito, mas está sempre no mesmo nível do pessoal do topo. Eles não dão espetáculos, ganham de um zero, mas ganham. E no final da história, os 3 pontos valem do mesmo jeito. É fazer o gol e se segurar lá atrás, como fizeram com o Grêmio (melhor mandante). O time já possui um grau de maturidade que está acima dos demais.
Se você me perguntar, cadê o líder? Cadê o currículo? Basta procurar. O Flamengo tem Pet, Adriano, Maldonado, tem o Kleberson voltando, etc. Todos eles com muita bagagem. Do lado dos São Paulinos nem se fala. Rogério Ceni, Jorge Wagner, Hernanes, Miranda, André Dias... É difícil dizer um título que eles ainda não tenham conquistados.
A verdade é que o Brasileirão “assim como já havia dito” deve novamente ficar no eixo do mal, e com aquele gostinho de que as coisas poderiam ter sido muito diferentes. Mas pelos mesmos motivos o final feliz não será em Minas.
Mais um ano, mais um monte de vacilo. É o famoso mais do mesmo.
È nação! Não da mais. Tentamos de todas as formas acreditar e transferir pensamentos positivos para o Cruzeiro arrancar rumo a alguma coisa ainda significativa no campeonato. Mas diante de mais uma decepção, fica difícil manter o discurso otimista e a crença em algo mais, neste fim melancólico de temporada.
Independente do que for acontecer. Se por ventura conseguirmos uma vaga entre os 4 primeiros (algo ainda possível na próxima rodada), na minha opinião só vai servir para premiar o esforço merecido de alguns, nem tanto de outros. Mas sinceramente não faz mais diferença. Confeço que neste final de Brasileirão, vou curtir os jogos do meu time sem cobranças ou expectativas. Vou somente ver e torcer pela vitória. O que vier, vai ser lucro.
Mas também, como “comentarista esportivo”, com certa experiência (X Promoções, Rádio Vespasiano FM e Cruzeiro On Line), gostaria de comentar sobre o momento do Cruzeiro e do futebol mineiro.
O Cruzeiro na temporada 2008 foi um verdadeiro rolo compressor jogando no Mineirão. Como melhor mandante, o time se manteve durante 37 das 38 rodadas no G4 e garantiu a segunda vaga consecutiva na Libertadores da América. Todos eram unânimes em dizer que a campanha era de campeão se não fossem os resultados ruins colhidos fora de casa. O presidente chegou a dizer que o time era um Leão no Mineirão e um gatinho fora.
Já em 2009 a coisa foi diferente. Depois da fatídica derrota na final da Libertadores, o Cruzeiro parou de regular no Mineirão para buscar os pontos fora de casa. Passou a sentir a obrigação de vencer em seus domínios diante da sua torcida, e essa pressão fez com que o Cruzeiro perdesse pontos importantes nos momentos cruciais da competição. Poderia lembrar de vários resultados, mas os dois últimos jogos em casa são suficientes para mostrar que quando pressionado e com a obrigação do resultado, o time sucumbiu. Seria resquícios da Libertadores? Acredito que nesta altura do campeonato não podemos mais dizer que esse fator é o preponderante. Creio e já me manifestei algumas vezes de que o maior problema desse bom grupo é a ausência de um jogador que seja líder em campo e que tenha um currículo vencedor. Essa era a tarefa do argentino Sorín, porem, depois da sua aposentadoria, essa lacuna que não chegou a ser preenchida devido à falta de oportunidades do jogador, ainda continua em aberto.
(Sem alfinetadas) O mesmo ocorre com o outro lado da lagoa. O Atlético depois de muitos anos voltou a ter um time competitivo no campeonato. Isso foi bom, porque obrigou o Cruzeiro a evoluir seu futebol durante a competição. Quando as duas equipes estão bem, a rivalidade aflora e mais forte as equipes ficam.
Mas assim como aconteceu com o Cruzeiro nesta temporada, o Atlético também encontrou muitas dificuldades quando necessitava “obrigatoriamente” da vitória, ainda mais diante de sua torcida. O time teve diversas oportunidades para assegurar a liderança do campeonato, mas sempre no momento de maior euforia dos torcedores e expectativas, a equipe acabava sucumbindo a seus adversários. Podemos citar o Goiás, Palmeiras, Avaí e Flamengo como alguns dos tropeços mais significativos.
Seria a pressão de ter de vencer diante da sua torcida sedenta por um título de expressão que há muito tempo não ocorre, ou assim como os celestes, falta ao time alguns jogadores com um currículo mais vencedor para suportar a pressão?
Não adianta falar que falta vergonha na cara, que colocou 30, 40, 50, 60 mil no campo. Nada disso adianta quando chegamos à fase final do campeonato e os nossos times continuam apresentando as mesmas deficiências. Do lado azul falta um líder vencedor, um atacante diferenciado e pelo menos mais um zagueiro confiável. No lado alvinegro, alem do líder, falta uma dupla de zaga mais firme, um lateral esquerdo melhor, um companheiro para o Tardelli... E talvez a mudança de certos estigmas.
O futebol da equipe pode evoluir durante a competição, mas o time como um todo precisa buscar e se adequar a ela. Veja os exemplos do Flamengo e São Paulo. A vitória dos rubro negros no Mineirão foi de grande maturidade, comprovado com autoridade na vitória no sempre problemático Estádio dos Aflitos. O São Paulo, pode não jogar bonito, mas está sempre no mesmo nível do pessoal do topo. Eles não dão espetáculos, ganham de um zero, mas ganham. E no final da história, os 3 pontos valem do mesmo jeito. É fazer o gol e se segurar lá atrás, como fizeram com o Grêmio (melhor mandante). O time já possui um grau de maturidade que está acima dos demais.
Se você me perguntar, cadê o líder? Cadê o currículo? Basta procurar. O Flamengo tem Pet, Adriano, Maldonado, tem o Kleberson voltando, etc. Todos eles com muita bagagem. Do lado dos São Paulinos nem se fala. Rogério Ceni, Jorge Wagner, Hernanes, Miranda, André Dias... É difícil dizer um título que eles ainda não tenham conquistados.
A verdade é que o Brasileirão “assim como já havia dito” deve novamente ficar no eixo do mal, e com aquele gostinho de que as coisas poderiam ter sido muito diferentes. Mas pelos mesmos motivos o final feliz não será em Minas.
Mais um ano, mais um monte de vacilo. É o famoso mais do mesmo.
Perfeito Zalivi. Concordo em tudo, mas acho que precisam ser acrescidos alguns elementos. Não é só a falta de um jogador decisivo, esse é um dos fatores, reconheço que muito importante. Posso listar uma série:
ResponderExcluir- número elevado de jogadores no dpto. médico, constantemente. É preciso rever algo na preparação física.
- o famigerado rodízio, que não é um mal em si, feito no início do ano, que fez com que o time ficasse meses sem ter uma cara.
- a falta de uma dupla de zaga. Esse ano foi pior que o ano passado. Ano passado Espinosa e Thiago Heleno foram titulares quase o ano todo, com problemas óbvios, mas esse ano, nem na Libertadores houve a tentativa de firmar uma dupla. Esse problema, naturalmente, soma-se à qualidade dos zagueiros.
- A venda de jogadores, como sempre trouxe problemas.
- As preferências, teimosias e invenções do treinador, que tem seus méritos, mas não consegue fazer o time jogar nos momentos mais importantes.
etc.
Complete aí a lista. Pq a coisa tá feia.
Abração meu caro!
Thiago