terça-feira, 8 de junho de 2010

Questão de caráter

Por Marcello Zalivi

Ao ler o comentário do internauta Jonas no nosso blog, resolvi publicar este post. Na matéria “Fábio também fora dos Estados Unidos”, ele sintetizou uma coisa que achei bastante pertinente. O caráter das pessoas. Abaixo, o comentário do leitor: "Eu fico tranqüilo com essa notícia, porque é o Fábio, um cara de caráter, ao contrário de um tal gladiador, que inventou uma contusão e deu uma de covarde saindo pelas portas dos fundos sem dar satisfação... Vocês deveriam também postar a carta do Guerrón para a torcida. Apesar de não ter jogado bem e nem tido oportunidades, o cara foi sensacional na despedida. Outro que tem caráter”.

Concordo muito com este comentário, o “gladiador” tão valente em campo, brigador e “raçudo”, fugiu do pau na hora de deixar o Clube. Ta certo que todos nos sabíamos que ele tem esse “amor “ pelo Palmeiras, mas ele deveria ter tido muito mais consideração com a China Azul. A torcida do Cruzeiro apoio o Kleber mesmo na hora em que ele apanhava da bola, mesmo na hora que ele falou pelos cotovelos, mesmo na hora que ele perdeu o gol mais feito de uma final de Libertadores, mesmo quando o Porto de pau nos seus exames médicos, mesmo quando 99,9% das torcidas não o apoiariam. O Torcedor deu de ombros e foi buscá-lo no aeroporto com pompas de heróis. Mas lamentavelmente ele sai pelas portas dos fundos, ignorando os seus fãs celestes, ignorando um clube que mesmo sabendo do seu problema no púbis, prorrogou o seu contrato e batalhou para manter uma boa imagem do atacante junto da torcida.

Fico decepcionado pela pessoa do Kleber, e mesmo que ele faça juras de amor pelo Cruzeiro o que não acredito muito, me soará falso. Espero que ele tenha sorte no jogo e na vida, se torne um ser humano melhor, e que sua contratação não seja apenas uma medida paliativa do Palmeiras para tentar sair da fossa em que se encontra, que o púbis (o mal do novo século nos gramados) não lhe atrapalhe e que esse Amor incondicional dure diante de suas más atuações e problemas físicos. Mas sinceramente acho difícil.

Sem mais delongas, vamos fazer a vontade do leitor Jonas e colocar a carta do Guerrón destinada à China Azul. O cara não deu certo mesmo, e quem me acompanha aqui sabe que eu fui um dos que pediram uma seqüência de jogos para o equatoriano. Parabéns pela elegante atitude. Realmente um jogador campeão, realmente um jogador de caráter.

“China Azul,

É com dor no coração que me despeço de um dos melhores clubes pelo qual passei. Foi muito bom este período no Cruzeiro. Infelizmente, não conquistamos os títulos que queríamos. No entanto, saio orgulhoso por ter atuado em um dos maiores times do mundo. Sempre me esforcei ao máximo para ajudar nossa equipe, por isso tenho consciência que reconhecerão o meu valor.

Sentirei muita falta de Belo Horizonte, que é uma cidade maravilhosa, onde me acolheram muito bem. Sou, praticamente, um mineiro. Ficarei com saudades da nação celeste. Deixarei muitos amigos em Minas Gerais.

A equipe do Cruzeiro é excelente. Com certeza vai superar esta má fase e dar muitas alegrias aos torcedores. Irei acompanhar e torcer sempre pela Raposa. Espero um dia voltar a vestir esta linda camisa azul e poder conquistar muitos títulos.

Saudações celestes,

Joffre Guerrón”

5 comentários:

  1. Muito bem lembrado!

    Como comentei no blog do P.C. Almeida, há pouco, decerto, o desempenho em campo conta muito, mas futebol não é só bola rolando nas quatro linhas. Respeito à camisa que se veste e ao torcedor que se está representando são fundamentais! Aliás, coisas um tanto quanto rara no futebol atual...

    Fiquei extremamente decepcionada com a atitude do Kleber. Quanto lhe custaria um tchau? Até mesmo por questão de educação...

    Ao Guerron, meus parabéns pela nobre atitude e obrigada pelo respeito e carinho demonstrados à nação celeste!

    Sucesso em sua trajetória!

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  2. Apesar de não ter jogado um bom futebol, Guerron saiu por cima, agradeceu a torcida, elogiou o clube, e disse que espera um dia voltar a vestir a camisa celeste.

    Enquanto isso o "idolo" Kleber, nem tchau deu. Como voce mesmo disse, é questão de caráter.

    blograposaazul.blogspot.com

    Saudações celeste

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  3. Devemos lembrar ainda Zalivi, que o Kleber chegou e foi embora como veio. Sem titulos de expressão, idolo de um Palmeiras carente de ídolos. La ele não ganhou nada, aqui também não, jogou bem enquanto estava com o filé na boca, na hora de roer o osso, saiu correndo igual cão arrependido com o rabo entre as pernas. La-men-tá-vel.

    Tinha tudo para se tornar um dos grandes nomes da história recente do clube, mas como muitos cabeças cozidas do nosso futebol, prefiriu a porta dos fundos e a gloria de uma torcida desesperada por uma luz no fim do tunel. Mas quando a torcida do Porco descobrir que ele não é nem de perto este santo salvador, será que o amor vai durar?

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  4. Guerrón = Libertadores
    Kleber = campeonato regional

    Essa é a realidade

    Os porcos otários tem o ídolo que merecem, um porco ótario sem títulos.

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  5. Bem lebrado Jonas, o Kleber veio sem um título de expressão e foi embora do mesmo jeito. É um bom jogador, nada mais do que isso, ele é totalmente substituível.

    jogadores passam, o clube fica... e poucos fazem história.

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Palavrões, palavras preconceituosas ou posicionamentos políticos serão removidos. Os torcedores do rival que não têm o que fazer e que sentem incomodados com o Cruzeiro são bem-vindos. A gente entende a carência deles...

Já para pessoas loucas, que adoram postar pensamentos e acham que aqui é um muro de lamentações, um recado: acabou a farra!

Recomendamos uma terapia ou psiquiatra