Fala nação Azul do maior de Minas. Como diz Wallyson, o nosso mais novo depenador oficial, o “Mais Cruel” fez o que se esperava, e em um jogo onde buscou o ataque durante os noventa minutos, conquistou mais um título para a nossa já abarrotada sala de troféus.
A questão não é a importância do titulo. Claro que se formos comparar em termos de importância, o Campeonato Mineiro está bem abaixo de canecos como Libertadores, Brasileiro, Copa do Brasil, etc. Mas é um campeonato, e como em todos os outros que disputamos, se tiver o Cruzeiro, tem que entrar para ganhar. E novamente não foi diferente.
Taticamente Cuca minimizou os erros com uma escalação mais conservadora no sistema defensivo. Paraná ocupava a lateral direita, revezando às vezes com Leandro Guerreiro. Everton ficou mais preso, praticamente abdicando do apoio. Coube a Gilberto e Wallyson atuarem como os falsos pontas. Roger ocupava o meio e Thiago Ribeiro jogava solto. Com certeza o melhor esquema e jogadores que tínhamos no momento para o clássico.
Como disse na última coluna, antes mesmo de procurar mudar o placar, o Cruzeiro deveria mudar de postura. Buscar o gol durante todo o tempo, mas com responsabilidade na defesa. E foi dessa forma compacta que o Cruzeiro dominou a partida, e praticamente anulou as peças alvirosas. Na única chance realmente clara que o time do Kalil teve durante o jogo, contamos com a atuação destacada do melhor goleiro do Brasil. Fábio foi decisivo no lance, e para inflamar a torcida e o time em busca do gol. Logo após sua grande defesa, Wallyson abriu o placar, e a partir daí, o que se viu foi a continuação de um verdadeiro bombardeio.
O Cruzeiro jogou como time grande que é, e mostrou como furar retrancas, como atuar contra times que em inferioridade técnica, buscam no jogo truncado e defensivo, levar vantagem. Nem sempre é possível conseguir os objetivos jogando dessa forma. A inter de Milão jogou noventa minutos contra o Barcelona no Camp Nou de forma defensiva, o São Paulo de Muricy também prezava por este estilo de jogo. A diferença é que esse times tinham (ainda tem) jogadores de muita qualidade, não apenas para defender, mas para aproveitar as poucas oportunidades que o futebol moderno e competitivo lhe oferece no ataque. O adversário de ontem não tinha a qualidade necessária para isso. Então, vitória celeste conquista e merecida desde o primeiro minuto da decisão.
Devemos também ficar atentos. Não podemos deixar que o título nos faça ter amnésias. O Cruzeiro carece ainda de laterais. Gilberto vai bem na esquerda, mas não tem o mesmo rendimento comparado a suas atuações no meio campo, onde ele é destaque. Na lateral direita, caso Vitor não consiga preencher o setor com a competência que esperamos, é bom já ficar atento as raras possibilidades que o mercado oferece. No meio campo, a contratação de mais um volante vencedor seria vital. Henrique (que está em péssima fase) está de malas prontas. Paraná é muito irregular, Guerreiro e Fabrício estão em evolução, mas são poucas opções par um campeonato longo como o brasileirão. E apesar do bom rendimento da dupla titular de ataque, nunca é demais reforçar o setor com um jogador que possa fazer a diferença. O Grupo continua muito bom, cabe a comissão técnica cortar aqueles que estão fora dos planos e trazer peças que possam compor o elenco com mais qualidade.
Não vou me alongar muito, hoje é dia de comemoração. Abaixo os melhores momentos e os bastidores antes da partida.
Saudações celestes e Chupaaaaaaaaaaaaaaaaa Galinho depenado.
FIGURINHA DA 2º PARTIDA DA DECISÃO DO CAMPEONATO MINEIRO 2011
NOTAS DA PARTIDA:
FÁBIO: Nas poucas vezes que apareceu foi determinante para a vitória celeste, principalmente na defesa que fez nos pés de Magno Alves quando o jogo estava com o placar zerado. – 8,5
PARANÁ: Atuou a maior parte do jogo na lateral, fechando o flanco. Teve boa atuação. - 7
GIL: Foi um monstro na defesa, ganhando praticamente todas as bolas que disputou. – 8,5
VICTORINO: Cumpriu muito bem a função de xerife. - 8
EVERTON: Bem na marcação, mas errou muitos passes. – 6
(ANDRÉ DIAS): Não participou efetivamente do jogo. Entrou para aproveitar as bolas alçadas na área, mas quando esteve em campo, o time passou a jogar com a bola no chão. - 6
LEANDRO GUERREIRO: Um de suas melhores partidas com a camisa do Cruzeiro, jogador em franca evolução. Perfeito na marcação. – 8,5
HENRIQUE: Destoou de todo o time. Disperso em campo, errando passes. - 5
(FABRÍCIO): Colocou a vibração em campo, contribuindo com as chegadas ao ataque e na marcação. - 7
ROGER: Quando esteve bem fisicamente, fez um grande jogo, teve 3 boas oportunidades para marcar. - 8
(LÉO): Gigante na defesa, foi mais um cadeado impenetrável. - 7
GILBERTO: O nome do jogo. Belas jogadas, bons passes, um grande gol e muita vibração em campo. - 9
THIAGO RIBEIRO: Sentiu um pouco o ritmo do jogo, mas contribui com sua movimentação intensa. - 7
WALLYSON: esteve apagado, mas após fazer o gol que abriu o placar, praticamente infernizou a defesa adversária. - 8
CUCA: Acertou na escalação, não comprometeu nas alterações. Bom trabalho. - 8
Concordo com a matéria, com excessão do melhor em campo.
ResponderExcluirPor incrivel que pareça, para mim, o melhor em campo foi o Gil. Apesar do gol do Gilberto (Golaço!), tenho que tirar o chapeu para esse garoto, que é muito criticado, más que soube dar a volta por cima e ontem foi praticamente impecavel!
Portanto, meu voto para melhor em campo é para o Gil!
Más o time todo tá de parabens, colocou as galinhas no seu lugar e mostrou o porque ainda, para mim, é o melhor (ou um dos melhores) das Américas! Zerooooooooooooooo!