Cuca segue sem conquistar um ponto sequer no comando do Atlético-MG. Antes do clássico, o Galo já havia perdido cinco partidas consecutivas, três jogos pelo Brasileirão e dois pela Copa Sul-Americana. O resultado foi trágico para a equipe alvinegra na tabela de classificação, que caiu para o 19º lugar, com 15 pontos, à frente apenas do América-MG, que tem 13. No momento, o time está a cinco pontos do Bahia, primeira equipe fora do Z-4.
Para o Cruzeiro, a vitória foi espetacular. O time celeste ganhou quatro posições e chegou ao sétimo lugar, com 27 pontos. Joel Santana, quando a Raposa ainda vencia o jogo por 1 a 0, preferiu realizar uma mudança defensiva e tirou Wellington Paulista para a entrada do volante Charles. A partir daí, o Atlético-MG se impôs, e o Cruzeiro sofreu uma pressão incrível. Porém, no fim, o argentino decidiu.
O público pagante na Arena do Jacaré foi de 16.726 torcedores, e a renda, de R$ 85.640,00. O returno do Brasileirão já começará nesta quarta-feira. O Galo enfrentará o Atlético-PR, na Arena da Baixada, às 20h30m (de Brasília). No mesmo horário, o Cruzeiro receberá o Figueirense, no Ipatingão.
Montillo decide
A situação das duas equipes na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro poderia fazer os mais pessimistas imaginarem que o jogo seria entediante. Nada disso. Atlético-MG e Cruzeiro fizeram valer o peso de suas camisas e a tradição de um dos maiores clássicos do futebol brasileiro. Mesmo com um nível técnico discutível, a partida foi repleta de alternativas e emoções.
O Galo, em posição delicada na tabela, na zona de rebaixamento, começou em cima do rival. O Cruzeiro, por sua vez, não aceitou a pressão e também buscou o ataque, o que tornou o início de jogo empolgante.
Porém, um erro na saída de bola do Atlético-MG, foi fatal. Aos 11 minutos, Wellington Paulista e Montillo, com muita velocidade, armaram a jogada que deu vantagem ao Cruzeiro. O argentino abriu o placar, após receber um passe milimétrico e tocar com categoria sobre o goleiro Renan Ribeiro. O jogador da Raposa, porém, estava aparentemente um pouco à frente do último zagueiro quando recebeu a bola, mas o bandeira nada assinalou.
Logo após o gol, o Cruzeiro dominou as ações. O Atlético-MG demorou a colocar os nervos do lugar, mas equilibrou novamente a partida, após a contusão do atacante Wellington Paulista, que foi substituído por Charles. O grande problema do Galo era os muitos erros de passes, que prejudicavam as melhores jogadas ofensivas.
No fim do primeiro tempo, Joel Santana ainda foi obrigado a fazer mais uma alteração. Contundido, Diego Renan deixou o campo para a entrada de Gilberto.
Argentino impressionante
Cuca voltou para o segundo tempo com Daniel Carvalho e Neto Berola, nos lugares de Eron e Caio. Com isso, o Atlético-MG começou em cima do Cruzeiro, na busca desesperada pelo gol de empate. E ele saiu, logo aos 11 minutos, em uma linda jogada de Fillipe Soutto. O volante do Galo, uma das maiores revelações das categorias de base, soltou uma bomba da intermediária, no ângulo esquerdo de Fábio, para fazer seu primeiro gol como jogador profissional.
O gol do Atlético-MG incendiou a Arena do Jacaré, e a torcida do Galo, única presente no estádio, acordou e começou a incentivar o time para a virada. E o Galo bem que tentou, em jogadas com Magno Alves - que entrou na vaga de Guilherme - Daniel Carvalho e Neto Berola. Já o ataque do Cruzeiro se resumia a lances esporádicos, com o argentino Montillo.
E foi com ele mesmo, aos 42 minutos, que o Cruzeiro conquistou a vitória. Em um dos raros ataques da Raposa no segundo tempo, Montillo arriscou de longe, e Renan Ribeiro não conseguiu evitar. A bola passou entre os braços do goleiro atleticano e morreu no fundo das redes.
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